Resumo
O objetivo dessa pesquisa foi avaliar o potencial fitobiótico dos óleos de Copaifera langsdorffii (copaíba), Carapa guianensis (andiroba), Attalea speciosa (babaçu), Mauritia flexuosa (buriti) e Caryocar brasiliense (pequi), além de dois tipos de extrato aquoso de Terminalia catappa (amendoeira), como alternativas ao uso de antibióticos com princípios ativos em enrofloxacino ou oxitetraciclina na piscicultura continental. Para isso, foram selecionados cinco patógenos espécie-específicos de elevada ocorrência e disseminação em sistemas de produção piscícola continental. O potencial de virulência das cepas foi avaliado por meio de testes de Gram, catalase e atividade hemolítica, seguido de teste de halo de inibição para os potenciais fitobióticos. Todas as cepas selecionadas apresentaram atividade de virulência in vitro e prosseguiram para a avaliação de inibição, na qual foram mensuradas as zonas inibitórias dos produtos testados, além de analisar seus efeitos bactericida ou bacteriostáticos. Dos produtos avaliados, apenas A. speciosa não apresentou halo inibitório frente aos patógenos analisados, já os óleos de C. brasiliense, M. flexuosa, C. guianensis, C. langsdorffii e o extrato a quente de T. catappa apresentaram efeito bactericida, com resultados superiores (P > 0,05) em comparação ao controle positivo com oxitetraciclina. Os óleos de M. flexuosa e C. langsdorffii mostraram-se competitivos in vitro em comparação ao uso dos antibióticos com princípio ativo de enrofloxacino ou oxitetraciclina, demonstrando ação antibactericida contra Aeromonas hydrophila, A. cavie, A. jandaei e Streptococcus agalactiae.
Palavras-chave:
antibiograma; extrato; óleo natural; patógeno.
Abstract
The aim of this study was to evaluate the phytobiotic potential of the oils from Copaifera langsdorffii (copaiba), Carapa guianensis (andiroba), Attalea speciosa (babassu), Mauritia flexuosa (buriti), and Caryocar brasiliense (pequi), as well as two types of aqueous extracts from Terminalia catappa (tropical almond), as alternatives to antibiotics containing enrofloxacin or oxytetracycline as active ingredients in continental aquaculture. Five species-specific pathogens with high prevalence and dissemination in continental fish farming systems were selected for the study. The virulence potential of the strains was assessed using Gram staining, catalase, and hemolytic activity tests, followed by inhibition halo assays to evaluate the phytobiotic potential. All selected strains exhibited in vitro virulence activity and were subjected to inhibition evaluations, where the inhibitory zones of the tested products were measured, along with their bactericidal or bacteriostatic effects. Among the evaluated products, only A. speciosa did not exhibit an inhibitory halo against the analyzed pathogens. Conversely, the oils from C. brasiliense, M. flexuosa, C. guianensis, C. langsdorffii, and the hot extract of T. catappa demonstrated bactericidal effects, yielding superior results (P > 0.05) compared to the positive control with oxytetracycline. The oils from M. flexuosa and C. langsdorffii proved to be competitive in vitro compared to antibiotics containing enrofloxacin or oxytetracycline as active ingredients, showing antibacterial action against Aeromonas hydrophila, A. caviae, A. jandaei, and Streptococcus agalactiae.
Keywords:
antibiogram; extract; natural oil; pathogen.
1. Introdução
A aquicultura emerge como uma das principais atividades agropecuárias nos últimos anos, desempenhando um papel crucial para o abastecimento de proteína animal. Nesse contexto, a produção de pescado mundial cresceu significativamente, aumentando em 49% e prevendo-se um crescimento adicional de 53% até 2030, cenário que desempenha um papel vital na segurança alimentar e nutricional do século XXI (1). No Brasil, apesar do avanço em 860.355 toneladas de peixes oriundos da piscicultura continental em 2022 (2), a intensificação das práticas aquícolas tornou os animais mais vulneráveis a doenças, devido as condições estressoras do ambiente de produção que comprometem o desequilíbrio da tríade patógeno-ambiente-hospedeiro a partir das errôneas técnicas de criação como inadequadas densidade de estocagem, dieta desiquilibrada, mudanças na qualidade de água, mudanças climáticas, sistemas de produção superintensivos com reuso da água e uso indiscriminado de antibióticos e antimicrobiano (3,4).
Apesar do uso recomendado de oxitetraciclina e florfenicol na piscicultura nacional(5), observa-se um aumento frequente e indiscriminado no uso de antibióticos, independentemente do sistema de produção adotado. Essa prática gera uma situação emergente de controle, marcada pela falta de conhecimento sobre os agentes infecciosos, a dosagem adequada e a duração do tratamento. Consequentemente, há um risco elevado de desenvolvimento de resistência a antimicrobianos, disseminação de genes de virulência e acúmulo de substâncias químicas nos peixes, no meio ambiente e para a saúde humana(6).
Na produção de peixes, as bacteriose causadas pelo gênero Aeromonas (como a A. hydrophila, A. veronii, A. jandaei, A. caviae, A. sobria, A. bestiarum, A. dhakensis, A. schubertii), bem como por estirpes de Streptococcus agalactiae e Micrococcus luteus, têm sido responsáveis por surtos de doenças com taxas de mortalidade que podem variar de 50 a 100% do lote (7,8,9). Esse fenômeno é principalmente atribuído à intensificação da produção, caracterizada por alta densidade de estocagem, manejo inadequado e resistência bacteriana (3,9).
Nesse contexto, como medida alternativa e segura ao uso dos antibióticos na piscicultura, os fitobióticos podem desempenhar como promissora estratégia em profilaxia e tratamento as enfermidades bacterianas, a partir da atuação dos seus compostos bioativos vegetais, segurança ambiental na biodegradação residual, além de contribuírem de forma sinérgica aos índices de ganho zootécnico e respostas imunomoduladoras das espécies alvo produzidas (10,11,12).
Exemplos de fitobióticos que apresentam propriedades antiparasitárias contra fungos, bactérias e vírus, devido a seus princípios bioativos funcionais, incluem extratos de T. catappa, que é atribuído principalmente as atividades biológicas dos extratos de suas folhas que contém punicalina, punicalagina, terfluvina A, ácido quebulico, ácido benzoico e ácido cumárico (13,14) e aos óleos vegetais que apresentam em sua composição relevantes componentes químicos como flavonoides, alcaloides, glucosinolatos, antocianinas, terpenos e cumarinas, como os óleos de C. langsdorffii(15), C. guianensis (16), A. speciosa (17), M. flexuosa (18) e C. brasiliense (19,20). Embora estudos anteriores tenham explorado o potencial desses produtos na melhoria do crescimento, eficiência da utilização dos alimentos, atividades antioxidantes e resposta imunitária em diversas espécies de peixes (21-22), existe uma lacuna significativa em investigações sobre o tratamento de doenças bacterianas específicas utilizando extratos de amendoeira, e óleos de andiroba, copaíba, babaçu, buriti e pequi na piscicultura continental.
Assim, este estudo teve como objetivo avaliar o potencial fitobiótico de óleos e extratos de fácil obtenção nacional por meio de ensaios in vitro, utilizando cepas patogênicas espécieespecífico da piscicultura brasileira. Essa abordagem visa contribuir significativamente para a promoção de uma piscicultura mais sustentável, além de desenvolver um protocolo inovador de medidas profiláticas e terapêuticas para o cenário da aquicultura nacional.
2. Material e métodos
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa (n° 0033/2020).
2.1 Aquisição e preparo dos fitobióticos
Foram utilizados cinco óleos naturais: Copaifera langsdorffii (copaíba), Carapa guianensis (andiroba), Attalea speciosa (babaçu), Mauritia flexuosa (buriti) e Caryocar brasiliense (pequi), adquiridos de forma comercial na feira livre do mercado ver-o-peso, localizado na cidade de Belém, Pará, Brasil. Os óleos foram extraídos artesanalmente por meio da perfuração do tronco das árvores, permitindo a coleta do exsudado através de um tubo de PVC conectado a uma mangueira que levava até o recipiente coletor. Após a coleta do óleo-resina, este foi diluído em álcool a 70% na proporção 1:10 (v/v) e então armazenado em garrafas de polietileno tereftalato, refrigerado a 4 °C, até a comercialização.
No caso dos extratos aquosos de T. catappa, foram aplicados dois métodos adaptados da metodologia de Meneses et al. (23). Inicialmente, foram coletadas em solo as folhas secas amareladas recém desprendidas do vegetal, localizado na área de recreação da cidade de Pinheiro-MA (02° 31’ 15” S; 045° 04’ 58” O) (Figura 1), e encaminhadas para o Laboratório de Desenvolvimento Aquícola da Amazônia Maranhense (L’AQUAM) da Universidade Federal do Maranhão, Campus Pinheiro.
As folhas foram higienizadas com água corrente, água destilada esterilizada e secas em estufa de circulação de ar forçada a 50 ºC até a perda de umidade de acordo com a metodologia de Meneses et al. (23). Após a secagem, as folhas foram trituradas e pesadas, dividindo-se em dois grupos para extrações, a quente e a frio. Na extração a quente, 25g de T. catappa foram submetidas a duas frações de extração, no qual, na primeira etapa o material vegetal foi envolvido em papel filtro n°1 e imersos em 500 mL de água destilada, em banho maria (SolidSteel, com circulação) 80 °C por uma hora. O filtrado resultante foi armazenado em recipiente de vidro vedado e protegido da luz e o resíduo sólido foi submetido a segunda fração de extração a quente (23,24). Ao final desses processos, os dois filtrados foram combinados para formar o extrato a quente e armazenados em refrigeração a 4 °C, em um recipiente de vidro vedado e protegido da luz. A extração a frio foi conduzida em temperatura ambiente (28ºC), seguindo as mesmas condições de extração anteriormente descritas (23).
2.2 Antibióticos
Foram utilizados dois antibióticos com princípios ativos em oxitetraciclina (Terramicina, 5,5 oxitetraciclina, Zoetis) e enrofloxacino (Enrofloxacina 150mg, Dechra), amplamente empregados em sistemas de piscicultura continental. Todavia, até o momento, apenas a oxitetraciclina é utilizada na atividade aquícola dos Estados Unidos e no Brasil. Embora o enrofloxacino não seja reconhecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária-MAPA, esse antibiótico é comumente utilizado na produção de peixes continentais para tratamento e profilaxia bacteriana (25). Para as análises in vitro, os antibióticos foram empregados de acordo com os padrões de sensibilidade e resistência pelo método de difusão em disco, adaptado para as bactérias patogênicas isoladas de peixes sintomáticos (26,27). Os antibióticos foram preparados a partir da diluição química em água destilada esterilizada até atingirem a concentrações terapêuticas de 10 mg.L-1 para a oxitetraciclina (28) e 15 mg.L-1 para o enrofloxacino (29), respectivamente.
2.3 Aquisição dos patógenos
Os patógenos (Aeromonas hydrophila, A. caviae, A. jandaei, Streptococcus agalactiae e Micrococcus luteus) foram isolados de animais sintomáticos das espécies de Colossoma macropomum e Oreochromis niloticus, principais espécies continentais produzidas no território nacional, oriundos de uma fazenda piscícola no município de Propriá, Sergipe, Brasil. Para isso, os patógenos foram isolados a partir de swabs coletados nos locais de infecção no dorso dos animais. Os swabs foram cultivados em meio de cultura caldo Brain Heart Infusion (BHI, Kasvi), incubados a 37 ºC por 24 horas. Em seguida, as amostras foram inoculadas em meio de cultura Agar Brain Heart Infusion (BHI, Kasvi) pelo método de estrias, visando o crescimento e o isolamento de colônias, com incubação a 37 ºC por 48 horas, de acordo com o método de Jatobá e Mouriño (30).
As cepas isoladas foram avaliadas quanto ao morfótipo celular pelo método de Gram e posteriormente identificadas até o nível de espécie realizado pelo método MALDI-TOF (Matrix Assisted Laser Desorption/ Ionization and Time-of-Flight, Bruker Biotyper), com score superior a 2.0. Cada cepa isolada foi incubada em um novo meio de cultura Agar Brain Heart Infusion (BHI, Kasvi), nas condições de 37 ºC por 48 h. Após o crescimento microbiano, cada colônia de cada uma das cepas, foram sobrepostas por esfregaço direto no alvo da placa de aço inoxidável do MALDI-TOF (Bruker Biotyper). Em seguida, foi adicionado de forma direta em cada alvo com a cepa, 1 µL de ácido fórmico 100%, que foi seco ao ar, para em seguida se adicionar 1 µL de matriz (ácido α-ciano-4-hidroxicinâmico, Bruker Daltonics), que se aguardou secagem total na placa em temperatura ambiente. Por fim, as leituras foram realizadas no aparelho utilizando o sistema operacional MALDI Biotyper flexControl, software Bruker Biotyper 3.0 e a biblioteca de taxonomia (31,32).
A análise MALDI-TOF MS (Bruker Biotyper) foi realizada no modo automático, com 240 disparos de laser para cada cepa isolada. O padrão de teste bacteriano (BTS) (número da peça 255343, Bruker Daltonics) foi usado em cada execução como um calibrador e para controle de qualidade (31,32). Após identificação, as cepas foram conservadas em glicerina e meio de cultura semi-sólido Brain Heart Infusion-BHI (Kasvi) adicionados ao banco de cepas do Laboratório de Aquicultura da Embrapa Tabuleiros Costeiro, na cidade de Aracaju, Sergipe (26,27), e cedidas ao Laboratório de Desenvolvimento Aquícola da Amazônia Maranhense (L’AQUAM) da Universidade Federal do Maranhão, Campus Pinheiro.
2.4 Preparo microbiológico
As cepas patogênicas foram ativadas a partir do crescimento microbiológico em meio de cultura caldo BHI (Kasvi). O preparo do meio de cultura foi conduzido de acordo com as recomendações do fabricante e esterilizado em autoclave a 120 ºC, 1 atm, durante 20 min. As culturas patogênicas foram ativadas na solução, utilizando uma alça de platina estéril de 10 µL, para crescimento microbiológico em 10 mL de BHI, nas condições de 37 ºC, durante 48 h (26,30).
Após o crescimento microbiológico, as cepas foram purificadas em placa contendo meio de cultura Agar BHI (Kasvi). Foram coletados 10 µL da cultura microbiana em meio líquido e aplicadas no meio de cultura em placa pelo método de estrias para posterior crescimento a 37 °C, durante 48 h. As colônias foram coletadas e submetidas ao método de coloração de Gram, para confirmar o morfótipo celular e grau de pureza microbiológico e, posteriormente, prosseguiram para os testes de catalase e atividade hemolítica com o objetivo de avaliar a virulência dos microrganismos. Para isso, foi utilizado do meio de cultura Agar BHI (Kasvi) enriquecido com sangue de peixe (1:10) (26,30) (Figura 2).
A- Atividade de catalase dos patógenos isolados; B- Hemólise positiva dos patógenos isolados.
Posteriormente as premissas microbiológicas patogênicas, as cepas foram inoculadas em um novo meio caldo BHI (Kasvi) para o crescimento microbiológico logarítmico até atingirem as concentrações infectantes de 109 UFC.mL-1 (26), conforme a escala McFarland n° 4, com a densidade bacteriana confirmada em placa pelo método de diluição em série para posterior uso nos testes bacteriológicos.
2.5 Desafio microbiológico
O teste foi conduzido em meio de cultura não seletivo Mueller Hinton Agar (Himedia)(26), no qual 100 µL de cada patógeno foi semeado em placas e homogeneizados com alça de drigalski estéril. Posteriormente, discos de papel filtro qualy estéreis (25 µm de porosidade), de 6mm de diâmetro, embebidos com 10 µL de cada produto (óleo, extrato ou antibióticos), foram sobrepostos nas placas de Agar, com quatro repetições cada. As placas foram incubadas a 30 °C, durante 48h, e a ocorrência de halos inibitórios foram medidos pela zona de inibição utilizando de um paquímetro digital e avaliado quanto ao efeito bactericida ou bacteriostático dos produtos testados (23,28) (Figura 3).
2.6 Análise estatística
Os dados foram analisados quanto à normalidade e homocedasticidade, pelos testes de Shapiro-Wilk e Bartlett, respectivamente. Em caso de heterogeneidade da variância, os dados foram transformados em log10 (x + 1) e seguida a Análise de Variância (ANOVA), para valores de F significativos, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
3. Resultados
Os patógenos apresentaram morfologia compatíveis com as espécies identificadas pelo MALDI-TOF e a atividade de virulência foram evidenciadas pelos testes de catalase e atividade hemolítica (Tabela 1).
No teste de antagonismo, os fitobióticos oleosos de buriti e pequi, demonstraram uma zona inibitória satisfatória contra o patógeno A. hydrophila, com respostas de até 49,77% superiores ao controle positivo com oxitetraciclina. Além disso, observou-se efeito semelhante (P>0,05) na zona inibitória dos patógenos quando comparados a eficácia do controle positivo com enrofloxacino (Tabela 2).
Halo inibitório (mm) dos fitobióticos de óleo de C. brasiliense, M. flexuosa, C. langsdorffii, A. speciosa e C. guianensis, extrato a quente de T. catappa (EQ), extrato a frio de T. catappa (EF), enrofloxacino e oxitetraciclina, contra os patógenos A. hydrophila, A. cavie, A. jandaei, S. agalactiae e M. luteus.
Tanto para a inibição de patógenos Gram-positivos quanto para os Gram-negativos, os fitobióticos oleosos de M. flexuosa, C. brasiliense, C. langsdorffii, C. guianensis e o extrato a quente de T. catappa, apresentaram zonas inibitórias iguais ou superiores em comparação ao controle positivo com oxitetraciclina (Tabela 2). Essas respostas são complementadas pelo efeito inibidor contra as bactérias (Tabela 3), que indicaram para os fitobióticos de M. flexuosa e C. langsdorffii uma eficácia bactericida para a maioria dos microrganismos testados, com promissoras respostas quando comparado ao efeito bacteriostático do fármaco com o princípio ativo da oxitetraciclina (Tabela 3).
Avaliação bactericida e/ou bacteriostática do halo inibitório para os tratamentos com óleo de Caryocar brasiliense (pequi), Mauritia flexuosa (buriti), Copaifera langsdorffii (copaíba), Attalea speciosa (babaçu) e Carapa guianensis (andiroba), extrato a quente de Terminalia catappa (EQ), extrato a frio de Terminalia catappa (EF), em comparação aos antibióticos com enrofloxacino e oxitetracina.
4. Discussão
O uso de medidas naturais para a prevenção e controle de doenças na produção de organismos aquáticos faz parte do plano de gestão da aquicultura sustentável mundial e tem o objetivo em atingir o modelo da União Europeia de comércio aquícola isento de químicos (23, 33). Dessa forma, como estratégia segura e natural para o combate a enfermidades bacteriológicas que afetam a piscicultura nacional, o efeito inibitório bactericida do óleo de M. flexuosa contra Aeromonas hydrophila, A. caviae e Micrococcus luteus demonstrou um espectro de ação promissor, devido à sua composição antimicrobiana rica em ácidos graxos, tocoferóis e carotenoides (34). Em comparação com os antibióticos, principalmente a oxitetraciclina, esse óleo pode ser considerado um produto alternativo promissor no combate às bacterioses na piscicultura continental.
Considerando a observação na Tabela 3, o efeito bacteriostático da oxitetraciclina pode ter sido prejudicado pelo seu uso indiscriminado, resultando na disseminação de genes de resistência ao antibiótico e comprometendo sua eficácia. Embora o segundo antibiótico, enrofloxacino, tenha apresentado um halo inibitório satisfatório contra os patógenos testados, seu uso deve ser realizado de forma consciente, em concentração e tempo adequados. O uso indiscriminado deste medicamento deve ser evitado para prevenir a resistência de genes de virulência bacteriológica, que pode levar ao surgimento de superbactérias. Além disso, é importante considerar a redução da bioacumulação química na musculatura e no bioma de produção dos organismos aquáticos em criação (7).
Os resultados obtidos no presente estudo, com o óleo de M. flexuosa aplicado como fitobiótico contra estirpes de Aeromonas e M. luteus, corroboram com os encontrados de Santos-Morais et al. (18) contra as variedades de Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae e Bacillus subtilis. Eles atribuíram os efeitos dos tocoferóis obtidos em seu óleo, como princípio ativo de maior atuação contra os patógenos Gram positivos, e os carotenoides obtidos do processo de extração demonstraram um efeito de inibição mais pronunciado contra a microbiota patogênica Gram-negativa.
Já Silveira et al. (34) associou o efeito bactericida do óleo de M. flexuosa, tanto a microbiota Gram positiva quanto a Gram negativa, aos compostos de seus ácidos graxos, como observado ao efeito inibidor contra Staphylococcus e Pseudomonas aeruginosa. Dessa forma, podemos inferir que o efeito inibidor do fitobiótico de M. flexuosa pode estar associado ao sinergismo de seus compostos antimicrobianos, que ainda precisam ser elucidados, assim como a concentração de aplicação, como observados por Carvalho et al. (35) e Chaves et al. (36) ao utilizarem de concentrações inibitórias mínimas (CIM) do óleo de M. flexuosa, obtiveram efeito bactericida contra estirpes de Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Cândida albicans, e S. aureus multirresistentes.
O fitobiótico de C. brasiliense apresentou efeito bactericida apenas para Aeromonas hydrophila, mostrando uma resposta competitiva quando comparado aos antibióticos utilizados, sendo essa atuação como antimicrobiano podendo ser alterada de acordo com a origem do vegetal extraído. Para Sousa et al. (37), na avaliação bactericida de C. brasiliense contra os patógenos Stahylococcus aureus, Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae, foram obtidos resultados promissores com halos de inibição médios de 33mm. Esses extratos, obtidos das flores de C. brasiliense, apresentaram a maior concentração de flavonoides e terpenoides, o que pode ter contribuído para sua eficácia.
Para o extrato de Terminalia catappa a quente, o efeito foi similar ao observado com o óleo de C. brasiliense para A. hydrophila, mas com diferente efeito de atuação quando comparado ao extrato a frio. Esse resultado pode ser referente a atuação de altas temperaturas durante o processo de extração que pode resultar em alterações químicas de biomoléculas extraídas (13). Meneses et al. (23) comprovou ao realizar a análise cromatográfica de alta precisão em extratos de Terminalia catappa que a temperatura de 80 °C apresentou maior pico de ácido gálico, ácido elágico e fenóis responsáveis pelo efeito antimicrobiano (13,23).
Os fitobióticos de C. guianensis e C. langsdorffii apresentaram espectro de inibição bactericida para dois ou mais patógenos testados. Esses resultados devem ser considerados e investigados para outros patógenos que acometem a piscicultura continental. É descrito na literatura que os halos de inibição obtidos pelo óleo de C. guianensis são devido ao princípio ativo de limonóides (38), composto de ação bactericida. Todavia, a origem de seu óleo, período de extração e região de coleta podem interferir na concentração de limonóides e não ser observado a ação bactericida. Esse fato foi observado por Lacerda et al. (39) frente as cepas de Staphylococcus aureus e Escherichia coli.
O óleo de C. langsdorffii é composto por princípios ativos que tem atuação anti-inflamatória e analgésica devido a presença de β-bisaboleno, e efeito bacteriológico e insetívoro devido a presença de β-cariofileno(40). Masson et al. (41), verificou a ação antimicrobiana de C. langsdorffii comercializado em feira livre, corroborando com as respostas obtidas na presente pesquisa, obtendo efeito bactericida frente aos patógenos Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Candida albicans.
5. Conclusão
Os fitobióticos a base de óleos de Caryocar brasiliense (pequi), Mauritia flexuosa (burtiti), Copaifera langsdorffii (copaíba) e Carapa guianensis (andiroba), juntamente com o extrato a quente de Terminalia catappa, apresentaram promissores efeitos bactericidas no controle patogênico de Aeromonas hydrophila, A. cavie, A. jandaei, Streptococcus agalactiae e Micrococcus luteus. Destacam-se os óleos de M. flexuosa e C. langsdorffii, que apresentaram atuação competitiva in vitro em relação aos antibióticos enrofloxacino e/ou oxitetraciclina frente aos patógenos Aeromonas hydrophila, A. cavie, A. jandaei e Streptococcus agalactiae. Todavia, são necessários ensaios futuros para elucidar a especificidade de cada princípio ativo dos fitobióticos analisados frente as espécies patogênicas piscícolas, além do desenvolvimento de protocolos de biossegurança a longo prazo, que garantam a segurança alimentar do consumidor. Ensaios in vivo também são imprescindíveis para avaliar a toxicologia, eficácia e possíveis efeitos sinérgicos nos organismos aquáticos em produção.
Declaração de disponibilidade de dados
Os dados serão fornecidos mediante solicitação ao autor correspondente.
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Editado por
-
Editor:
Rondineli P. Barbero
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
19 Maio 2025 -
Data do Fascículo
2025
Histórico
-
Recebido
22 Abr 2024 -
Aceito
31 Out 2024 -
Publicado
13 Fev 2025