Resumo
Introdução
O alto índice de morbidade associado ao nascimento pré-termo, cujo período gestacional é inferior a 37 semanas, demanda, frequentemente, a internação do recém-nascido em unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN). O longo período de hospitalização desencadeia nos pais sentimento de insegurança, tristeza estresse e ansiedade. A equipe multiprofissional que acompanha o recém-nascido e sua família desempenha um papel fundamental no suporte aos pais. Os terapeutas ocupacionais têm desenvolvido programas abrangentes e interativos, que visam ajudar os pais a lidarem com a ansiedade decorrente da internação do bebê na UTIN por meio da realização dos grupos de atividade.
Objetivo
Conhecer as contribuições dos grupos de terapia ocupacional no nível de ansiedade das mães de recém-nascidos prematuros internados na UTIN.
Método
Participaram do estudo 40 mães de recém-nascidos internados que atenderam os critérios de inclusão e exclusão. Foi aplicado o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) com a escala parte I IDATE (A-estado) antes e após a realização do grupo de atividades. Finalmente, foi realizado um Grupo Focal com aplicação de entrevista semiestruturada.
Resultados
O inventário evidenciou redução dos escores para itens como “sinto-me ansioso” (p<0,001), “sinto-me nervoso” (p=0,008) e “estou preocupado” (p<0,001) que foi corroborado pela análise dos relatos das mães no grupo focal.
Conclusão
A interação entre as mães proporcionadas pelos grupos de terapia ocupacional e a execução de atividades direcionadas ao contexto vivenciado contribuem para reduzir a ansiedade sentida pelas mães durante a internação do filho na UTIN.
Palavras-chave:
Recém-Nascido Prematuro; Unidades de Terapia Intensiva Neonatal; Ansiedade; Pais