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Efeitos da música nas expressões corporais e faciais e nos sintomas psicológicos e comportamentais de idosos

Resumo

Objetivo

Comparar os efeitos da música popular brasileira (representativa da história de vida do idoso) e da música clássica nas expressões corporais e faciais e sintomas psicológicos e comportamentais de idosos com demência institucionalizados.

Método

Realizou-se um estudo quantitativo, quase experimental e comparativo, com dois grupos: “Grupo Intervenção com Música Popular” (GIMP; n=19) e “Grupo Controle com Música Clássica” (GCMC; n=14), em duas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (Processo nº 1.981.699/2017), foram realizadas quatro (4) sessões individuais, com apresentação de cinco (5) músicas. Foram comparadas as medidas dos Sintomas Psicológicos e Comportamentais da Demência (SPCD) entre os grupos; os parâmetros fisiológicos (frequência e pressão arterial) antes e após intervenção; as expressões faciais por meio do “Facial Action Coding System” (FACS); e movimentos corpóreos.

Resultados

Maior percentual obtido pelo GIMP para: expressões pelo FACS de alegria (p=0,039) e surpresa (p=0,041); e maior número de movimentos de Tronco e Cabeça (TC) (t=2,94; p=0,006) quando comparados ao GCMC. Quanto aos SPCD, o GIMP apresentou diminuição significativa na gravidade dos sintomas de delírio (t=2,379; p=,029).

Conclusão

Os achados demonstram que as músicas representativas da trajetória de vida a esta população podem despertar: satisfação com a vida, recordações e alegria em viver quando comparadas às músicas clássicas.

Palavras-chave:
Demência; Idosos; Instituição de Longa Permanência para Idosos; Música

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