RESUMO
Introdução
As pessoas com doenças mentais vivenciam atitudes estigmatizantes da população em geral, incluindo profissionais de saúde e estudantes. Estudos internacionais estimam o estigma em estudantes de terapia ocupacional em relação a pessoas com doença mental como moderado.
Objetivo
Descrever o estigma em relação às pessoas com doença mental em estudantes e professores de graduação em terapia ocupacional.
Método
Estudo transversal e descritivo, com professores e alunos do 1º e 4º anos de terapia ocupacional em uma universidade de Santiago, Chile. Foi utilizado um formulário online (Opening Minds Stigma Scale for Health Care Providers [OMS-HC]) e um formulário de dados sociodemográficos. Os escores médios foram calculados para um questionário com 20 itens e ajustado para três dimensões com 15 itens. Foram utilizados os testes UMann-Whitney e t-Student para calcular as diferenças entre os grupos. Os dados sociodemográficos foram analisados por meio de estatística descritiva.
Resultados
Amostra de 87 pessoas, idade média 27 anos (18-58), 81 (93%) mulheres, 41 (47%) alunos do 4º ano, 28 (24%) alunos do 1º ano e 22 (25%) professores. A pontuação média do OMS-HC para a amostra total foi 42,2 pontos (28-57), indicando nível moderado-baixo de atitudes estigmatizantes. Os alunos do 1º ano obtiveram pontuações mais altas, mas as diferenças não foram significativas.
Conclusão
Os resultados são consistentes com a literatura anterior, referindo-se a um nível moderado-baixo de estigma em relação às pessoas com doenças mentais. As diferenças incipientes entre alunos do 1º e 4º anos sugerem ser relevantes novos estudos com uma amostra maior em outros contextos.
Palavras-chave:
Terapia Ocupacional; Estigma Social; Saúde Mental; Capacitação Profissional