Resumo
Introdução:
O termo co-ocupação tem sido utilizado por terapeutas ocupacionais para definir o envolvimento implícito de dois ou mais indivíduos em uma ocupação. Nessa perspectiva, o cuidado materno é considerado uma co-ocupação, sendo que os terapeutas ocupacionais buscam promover a inserção da mãe na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), garantindo a autonomia e independência materna nos cuidados do bebê.
Objetivo:
Analisar como se dá a construção da co-ocupação materna na UTIN.
Método:
Estudo de caso múltiplo, descritivo-exploratório de abordagem qualitativa, realizado em um Hospital filantrópico de Belo Horizonte, Minas Gerais e que teve como participantes seis mães de bebês internados na UTIN. Utilizou-se como instrumentos de coleta de dados a entrevista semiestruturada e o diário da participante. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo na modalidade temática com a utilização do software MAXQDA.
Resultados:
Verificou-se que as mães vivenciam diferentes sentimentos relacionados à internação do bebê na UTIN, sendo que seu envolvimento em co-ocupações, nesse contexto, acontece de forma gradativa, se intensificando a partir da melhora clínica do bebê.
Conclusão:
O modo como as mães constroem a co-ocupação durante a internação do bebê na UTIN baseia-se no seu entendimento e na sua vivência prévia acerca da maternidade, bem como nos aspectos relacionados ao contexto da UTIN. Faz-se necessário que os terapeutas ocupacionais conheçam as expectativas das mães, a fim de construir com elas possibilidades de envolvimento nas co-ocupações que venham ao encontro de seus anseios.
Palavras-chave:
Terapia Ocupacional; Mães; Unidades de Terapia Intensiva Neonatal; Cuidado do Lactente