Resumo
Introdução As fraturas do úmero proximal são uma causa significativa de mortalidade nos idosos. Tanto o tratamento conservador como o cirúrgico requerem um período de imobilização que, apesar de proporcionar apoio e alívio, pode levar a rigidez e dor se for prolongado.
Objetivo Este estudo analisou os fatores clínicos, terapêuticos e de reabilitação que determinam o prognóstico de recuperação funcional em pessoas com fraturas do úmero proximal.
Métodos Estudo descritivo, transversal, quantitativo e não aleatório de pessoas com mais de 60 anos de idade com patologia da extremidade proximal do úmero que necessitaram de imobilização. Foram utilizadas como medidas de resultado o Shoulder Pain And Disability Index (SPADI), a goniometria e a escala de força de Daniels.
Resultados Foram avaliadas cinco mulheres com idades compreendidas entre os 65 e os 83 anos. Foram obtidas fortes associações entre os dias de imobilização, a incapacidade percepcionada (r=, 900; p= 0,005) e a força (r= -,949; p= 0,005). Paralelamente, foram encontradas associações muito fortes entre a amplitude de flexão do ombro e a dor (r= -,975; p= 0,005). Atualmente, não existe consenso sobre o tempo de imobilização ideal. As evidências sugerem que períodos prolongados de imobilização reduzem a força, a amplitude articular e aumentam a percepção de incapacidade, e que um programa de reabilitação baseado na ocupação pode melhorar a dor e reduzir a percepção de incapacidade.
Conclusões É essencial encontrar um equilíbrio entre a imobilização suficiente para permitir a cicatrização da lesão, evitando ao mesmo tempo a incapacidade prolongada.
Palavras-chave:
Fraturas do Úmero; Prótese de Ombro; Imobilização; Atividades Cotidianas