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Propriedades de medida do Activity Card Sort – Brasil: a avaliação da participação de idosos em atividades1 1 Este artigo é fruto da pesquisa “Tradução, adaptação e validação do Activity Card Sort”, desenvolvida e coordenado pela professora Dra. Lilian Dias Bernardo, do Instituto Federal do Rio de Janeiro. A pesquisa teve por objetivo traduzir e adaptar para o contexto brasileiro e validar o instrumento Activity Card Sort, por meio de sua aplicação em uma amostra de idosos brasileiros. O processo de adaptação transcultural já foi publicado previamente neste periódico. A pesquisa recebeu financiamento do CNPq e do IFRJ.

Resumo

Introdução

O Activity Card Sort é um instrumento padronizado de avaliação, adaptado para a cultura brasileira, que busca mensurar o engajamento e a participação de pessoas idosas em atividades instrumentais, sociais e de lazer.

Objetivo

Avaliar as propriedades de medida do Activity Card Sort-Brasil (ACS-Brasil), versão aplicada aos que vivem na comunidade (forma C).

Método

Foram avaliadas a consistência interna, a validade concorrente, a convergente e a discriminativa. Para determinar a consistência interna, foi utilizado o coeficiente Alpha de Cronbach. Por sua vez, a validade concorrente foi determinada pela comparação dos escores do ACS-Brasil com o instrumento LIFE-H 3.1 e a validade convergente foi comparada com os instrumentos de avaliação SF-36 e MMSE-2, por meio da Correlação de Spearman. Já a validade discriminativa do ACS-Brasil foi avaliada pelo teste U de Mann-Whitney, comparando diferentes grupos etários e anos de estudo.

Resultados

As avaliações para análise das propriedades de medida foram aplicadas em 65 pessoas idosas, residentes na comunidade. A medida apresentou excelente consistência interna (α=0,91); correlação forte e positiva entre os escores totais do ACS-Brasil e do LIFE-H 3.1 (r= 0,442, p <0,01), e moderada a forte do ACS-Brasil com o SF-36, no domínio dos aspectos físicos (r = 0,509, p<0,01) e vitalidade (r= 0,518, p<0,01) e dor (r=0,409, p=0,01), exceto para estado geral de saúde e aspectos emocionais. Os resultados ainda apontam que o ACS-Brasil é válido para discriminar entre grupos etários e escolaridade.

Conclusão

O ACS-Brasil, versão vivendo na comunidade (forma C), apresentou propriedades psicométricas satisfatórias, com valores consistentes à versão original e de outros países. Isso indica sua utilidade clínica na aplicação em pessoas idosas para mensurar a participação e engajamento em atividades do cotidiano.

Palavras-chave:
Terapia Ocupacional; Idoso; Participação Social; Estudos de Validação

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