Acessibilidade / Reportar erro

IV e V edições do Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional: registro das memórias, futuros-presente

Resumo

Apresenta-se o relato da realização das duas últimas edições do Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional, bem como as discussões e encaminhamentos decorrentes de suas conferências, grupos de trabalhos e plenárias. As programações foram similares e dedicadas a promover o diálogo com os principais representantes das agências de apoio à pesquisa no âmbito nacional e estadual, como também à criação de estratégias coletivas que visassem ao fortalecimento da área de terapia ocupacional e de suas subáreas. Ambos os eventos ocorreram durante dois dias, seguidamente ao Encontro Nacional de Docentes de Terapia Ocupacional, sendo a IV edição realizada na Universidade Federal do Espírito Santo (2016) e a V edição na Universidade Federal de São Paulo, Campus Baixada Santista (2018). Foram reunidos 166 e 172 participantes, respectivamente, entre docentes, pesquisadoras/es, profissionais/preceptores e estudantes de pós-graduação, promovendo, assim, um espaço para a compreensão das produções e pesquisas nas diferentes subáreas da terapia ocupacional e troca de experiências e conhecimentos. Com isso, foi possível o incentivo a reflexões e elaboração compartilhadas de propostas acerca do ensino de pós-graduação em terapia ocupacional, sua implicação para as formações graduadas e para o fortalecimento acadêmico da área. O desafio que se coloca é referente à implementação das propostas que têm se mantido de forma recorrente e com baixa efetivação no ínterim entre as edições, demonstrando a necessidade de a categoria profissional rever suas formas de organização e responsabilização em relação aos encaminhamentos coletivos.

Palavras-chave:
Terapia Ocupacional; Formação Profissional; Educação de Pós-Graduação; Pesquisa

Abstract

The report presents the last two editions of the National Seminar of Occupational Therapy Research (2016 and 2018), and the discussions and referrals resulting from its conferences, working groups, and plenary sessions. The schedules were similar and dedicated to promoting dialogue with key representatives of research support agencies at the national and state levels, as well as the creation of collective strategies aimed at strengthening the occupational therapy area and its subareas. Both events took place during two days, following the National Meeting of Occupational Therapy Professors, being the IV edition held at the Federal University of Espírito Santo (2016) and the V edition at the Federal University of São Paulo, Baixada Santista Campus (2018). The meetings had 166 and 172 participants, respectively, among professors, researchers, professionals/preceptors, and postgraduate students, promoting a space for the understanding of the productions and research in the different areas of occupational therapy and exchange of experiences and knowledge. Thus, it was possible to encourage shared reflections and elaboration of proposals about postgraduate teaching in occupational therapy, its implication for graduation, and the academic strengthening of the area. The challenge is related to the implementation of proposals that have been recurring and with little effectiveness in the time between editions, demonstrating the need for the professional category to review their forms of organization and accountability in the collective referrals.

Keywords:
Occupational Therapy; Professional Training; Education; Graduate; Research

Introdução

Desde 2009, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa em Terapia Ocupacional (RENETO) tem organizado edições do Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional (SNPTO), por meio do seu Grupo de Trabalho de Pós-Graduação e Pesquisa1 1 Esse Grupo de Trabalho foi instituído em 2008 e as pesquisadoras que, atualmente, o integram são: Profa. Dra. Roseli Esquerdo Lopes, Profa. Dra. Fátima Correa Oliver, Profa. Dra. Sandra Maria Galheigo e Profa. Dra. Ana Paula Serrata Malfitano. , em parceria com docentes da área de terapia ocupacional das Instituições de Ensino Superior (IES) que sediam o evento.

Sua ênfase recai sobre as estratégias para o fortalecimento da pesquisa e da pós-graduação na área de terapia ocupacional, pretendendo aglutinar pesquisadores que atuam nas IES e nos grupos de pesquisa ligados à terapia ocupacional. Pretende-se agregar, igualmente, alunos da pós-graduação (mestrado e doutorado) que desenvolvem seus trabalhos nesse âmbito. O evento tem como objetivos principais discutir e caracterizar os desafios colocados para a produção de conhecimento em terapia ocupacional no cenário brasileiro e situar o desenvolvimento da pós-graduação, em seu sentido estrito, como parte dos esforços para a realização de pesquisa na área. Este visa, especialmente, dar continuidade à delimitação de estratégias coletivas que, ao mesmo tempo, respondam às singularidades das diferentes subáreas de pesquisa e sejam eficientes para o desenvolvimento e a consolidação da terapia ocupacional brasileira, no campo da pesquisa, em âmbito nacional e internacional.

Este texto dá continuidade à série histórica do registro da síntese desses eventos (Lopes et al., 2009Lopes, R. E., Malfitano, A. P. S., Oliver, F. C., & Borba, P. L. O. (2009). Anais do 1º Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional: Grupos de Trabalho, Plenária e Encaminhamentos. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, 17(Supl. Esp), 105-114., 2014;Lopes, R. E., Oliver, F. C., Malfitano, A. P. S., & Lima, J. R. (2014). Annals 2nd National Seminar of Occupational Therapy Research: path to the academic institutionalization of the field. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 25(2), 167-176. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v25i2p167-176.
http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-614...
Lopes & Malfitano, 2009Lopes, R. E., & Malfitano, A. P. S. (2009). Perspectivas e desafios para a pesquisa em terapia ocupacional: uma análise do seu I Seminário Nacional de Pesquisa. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 17(Supl. Esp.), 115-120.; Oliver et al., 2016Oliver, F. C., Lopes, R. E., Malfitano, A. P. S., da Silva, A. C. C., & Silva, R. A. dos S. (2016). 3º Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional: contribuições para o desenvolvimento da área. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 27(3), 361-368. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v27i3p361-368.
http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-614...
), relatando, concomitantemente, as edições do IV e do V SNPTO, com base em seus relatórios, documentos e anais.

A quarta edição, nomeada IV Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional: Desafios e Avanços na Produção de Conhecimentos em Terapia Ocupacional, ocorreu entre os dias 7 e 9 de novembro de 2016, na cidade de Vitória, na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Já a quinta edição – V Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional: Proposições Singulares e Coletivas para o Fortalecimento da Área – ocorreu entre os dias 20 e 21 de outubro de 2018, na cidade de Santos, na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Campus Baixada Santista.

Historicamente, as edições do SNPTO têm contado com os apoios institucionais das principais agências de fomento à pesquisa no país, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e as agências estaduais, a depender do estado da federação onde é realizado o evento, sendo que em 2016 obteve-se o apoio da CAPES e, em 2018, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)2 2 Há de se destacar que na V edição somente a FAPESP proveu recursos financeiros, sendo que, apesar de reconhecer o mérito acadêmico da proposição, tanto a CAPES quanto o CNPq não atenderam à solicitação de apoio financeiro apresentada. . Ademais, os eventos contaram também com apoio das universidades que os sediaram.

O Desenho dos Eventos

Como vem acontecendo desde sua segunda edição, o SNPTO tem sido realizado conjuntamente ao Encontro Nacional de Docentes de Terapia Ocupacional (ENDTO), em uma tentativa de favorecer a presença de um maior número de pessoas interessadas pelas temáticas que envolvem o âmbito da graduação, pós-graduação e pesquisa em terapia ocupacional. Assim, em 2016, a composição foi com o XV ENDTO: 30 anos do Encontro Nacional de Docentes de Terapia Ocupacional: Valorizar a História para Firmar o Futuro e, em 2018, com o XVI ENDTO: Resistir e Avançar: Terapia Ocupacional, Democracia e Diversidade na Atualidade, sendo que a discussão da necessidade, seguida de propostas de elaboração e da proposição de novas diretrizes curriculares nacionais para os cursos de graduação de terapia ocupacional, foi um tema central em ambos os eventos.

A programação dos SNPTOs segue uma proposta similar, uma vez que se tem como aposta o diálogo dos pesquisadores com os representantes das principais agências de fomento à pesquisa e à pós-graduação no país, para situar a área de terapia ocupacional e apresentar os desafios presentes no panorama local-nacional para os próximos anos, assim como as propostas que vêm sendo feitas para enfrentá-los. E também, de modo focalizado, segue a proposta de agrupar os pesquisadores em torno de sua subárea, visando uma articulação coletiva destas, pela constituição de Grupos de Trabalho (GTs).

No que se refere ao diálogo com os representantes das agências de fomento, temos contado com a participação de representantes da Coordenação da Área de Educação Física, Fonoaudiologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, a Área 21 da CAPES, do Comitê Assessor da Área Multidisciplinar da Saúde do CNPq e do Comitê da Área de Fisioterapia e Terapia Ocupacional das FAPs (Fundação de Amparo à Pesquisa) nos estados.

Este tema é fundamental para a categoria, pois possibilita o acesso a informações da área de terapia ocupacional, a qual tem sido institucionalmente agrupada à fisioterapia. Foram tópicos de discussão a apresentação de um retrato das demandas nos períodos, os desafios para o acesso a financiamentos e bolsas de pesquisas no país, o necessário aumento dos programas de pós-graduação e das publicações como meio de divulgação científica.

No IV SNPTO, contamos com a mesa “Referenciais Históricos e Contemporâneos da Terapia Ocupacional”, com a participação da Profa. Dra. Roseli Esquerdo Lopes (Universidade Federal de São Carlos – UFSCar) e da Profa. Dra. Sandra Maria Galheigo (Universidade de São Paulo). A discussão abordou, a partir de uma perspectiva histórica e em termos de tendências contemporâneas, os referenciais teórico-metodológicos que têm informado o desenvolvimento técnico-profissional da área. Como apontado por Lopes (2016)Lopes, R. E. (2016). Referenciais históricos e contemporâneos da terapia ocupacional: a configuração de um campo de saber teórico? In Anais do 15º Encontro Nacional de Docentes de Terapia Ocupacional e 4º Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional. Vitória: UFES., o refletir sobre as questões –

Qual (quais) é (são) a(s) epistemologia(s) que informa(m) as práticas em terapia ocupacional? Quais são os conceitos-chave que referenciam a produção de conhecimento e a(s) prática(s) em terapia ocupacional? Onde? Quais os referenciais que utilizamos para ler os diferentes problemas dos diferentes sujeitos (individuais e coletivos) para auxiliar, via ação técnica, a promoção de processos emancipatórios de vida? (Lopes, 2016Lopes, R. E. (2016). Referenciais históricos e contemporâneos da terapia ocupacional: a configuração de um campo de saber teórico? In Anais do 15º Encontro Nacional de Docentes de Terapia Ocupacional e 4º Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional. Vitória: UFES., s/p)

– demonstra nosso estágio de produção de conhecimento e seus desafios. Galheigo & Braga (2016)Galheigo, S. M., & Braga, C. P. (2016). Referenciais históricos da terapia ocupacional no Brasil: marcos e tendências de uma linha do tempo. In Anais do XV Encontro Nacional de Docentes de Terapia Ocupacional e 4º Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional. Vitória: UFES., em estudo dos materiais históricos da profissão, sinalizam que a formação dos primeiros profissionais, nos anos 1950, os diálogos críticos realizados com as áreas de saúde coletiva e ciências humanas, a constituição de campos de investigação, saber e prática da terapia ocupacional e a consolidação e diversificação teórico-conceitual, metodológica e prática na pesquisa e na ação profissional oferecem pistas dos caminhos que percorremos e exigem aprofundamento de sua análise por meio de leituras críticas. Assim, o debate permanece em pauta.

Essa mesa alimentou a discussão temática nos nove GTs que ocorreram seguidamente. Estes foram definidos por meio de uma consulta pública, aberta pelo período de um mês no ano anterior ao evento, que a comissão organizadora encaminhou à comunidade científica da área. Nesse sentido, os GTs foram: GT1 – Saúde Mental e Terapia Ocupacional; GT 2 – Tecnologia Assistiva e Terapia Ocupacional: Políticas, Pesquisas e Evidências; GT 3 – Terapia Ocupacional e Políticas Sociais; GT 4 –Desenvolvimento Típico e Atípico na Infância e Pesquisa em Terapia Ocupacional; GT 5 – Saúde, Trabalho e Terapia Ocupacional; GT 6 – Terapia Ocupacional e Educação; GT 7 – Saúde Coletiva e Terapia Ocupacional; GT 8 – Terapia Ocupacional e Perspectivas de Atenção ao Idoso; GT 9 – Terapia Ocupacional Social.

Já na edição de 2018, não houve a referida consulta, dada avaliação feita pela plenária final do evento de 2016, frente às muitas dificuldades na operacionalização dessa proposta, uma vez que GTs tidos como “tradicionais” pelo histórico da constituição da área e por comporem edições anteriores não enviaram propostas e, por outro lado, houve uma pulverização de temáticas em diferentes subgrupos, demonstrando os limites na sua efetividade, acarretando tensões e a necessidade de muitas mediações e negociações entre os organizadores e demandas de pesquisadores, quando confrontados com o seu resultado (Malfitano et al., 2016Malfitano, A. P. S., Galheigo, S. M., Lopes, R. E., Leão, A., & Oliver, F. C. (2016). Anais do 4º Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional. Relatório Técnico. Brasília: CAPES.).

Parametrizada por essa experiência e enfrentando uma previsão de corte orçamentário no fomento à ciência e à educação no Brasil, pós-2016, na organização da quinta edição, optou-se pelos seguintes critérios de elegibilidade na definição dos GTs: sua presença nas edições anteriores e a presença da subárea com a manutenção de uma produção bibliográfica regular nos principais periódicos da área (Lopes et al., 2016Lopes, R. E., Duarte, M. L. M. C., Pereira, B. P., Oliver, F. C., & Malfitano, A. P. S. (2016). A divulgação do conhecimento em terapia ocupacional no Brasil: um retrato nos seus periódicos. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 24(4), 777-789.). Desta maneira, foi constituído um conjunto de oito GTs, a saber: GT 1 – Sde Mental e Terapia Ocupacional; GT 2 – Tecnologia Assistiva Aplicada à Terapia Ocupacional; GT 3 – Desenvolvimento Típico e Atípico na Infância e Pesquisa em Terapia Ocupacional; GT 4 – Saúde, Trabalho e Terapia Ocupacional; GT 5 – Terapia Ocupacional e Educação; GT 6 – Saúde Coletiva e Terapia Ocupacional; GT 7 – Terapia Ocupacional e Perspectivas de Atenção ao Idoso; GT 8 – Terapia Ocupacional Social.

Definidas as subáreas que iriam compor o V SNPTO, a comissão organizadora solicitou, em abril de 2018, aos coordenadores dos GTs, os quais tem-se buscado manter nas diferentes edições, a elaboração prévia de um material, na perspectiva de um estudo, nos moldes do que tem sido denominado de “estado de arte”, da sua respectiva subárea, ou seja, um panorama situado da produção bibliográfica, partindo-se do pressuposto de que estudos de revisão podem indicar o já construído e produzido, para depois parametrizar o que ainda não foi feito (Ferreira, 2002Ferreira, N. S. A. (2002). As pesquisas denominadas “estado da arte”. Educação & Sociedade, 23(79), 257-272. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-73302002000300013.
http://dx.doi.org/10.1590/S0101-73302002...
) e, também, permitir que se reflita contextualmente, com base em demandas históricas, políticas, sociais e acadêmicas, sobre os temas abarcados pelos referidos grupos e a construção de novas parcerias interinstitucionais, na tentativa de se lidar mais coesa e coerentemente com essas demandas. Isto, igualmente, implicaria pensar detidamente sobre as melhores estratégias coletivas, as atuações e as responsabilidades que os GTs poderiam ter, com vistas a manterem-se ativos para além do espaço/tempo do evento.

Não foi definida uma metodologia específica para a realização da tarefa requerida, tampouco as fontes e/ou as bases a serem buscadas, ficando isso a critério dos coordenadores.

Ainda na programação da quinta edição, tivemos a palestra magna: “Pós-Graduação e Terapia Ocupacional no Brasil: desafios e avanços”, com o Prof. Dr. André Luiz Felix Rodacki (Universidade Federal do Paraná e Coordenador da Área 21 na CAPES, no período 2011-2017), e a mesa-redonda: “Tendências e Apostas de Metodologias de Pesquisa em Terapia Ocupacional frente às demandas contemporâneas”, com a Profa. Dra. Lívia de Castro Magalhães (Universidade Federal de Minas Gerais).

Ambos os eventos foram gratuitos aos associados3 3 Para acesso à gratuidade do evento, o associado precisava estar quite com as anuidades dos últimos dois anos, uma vez que são eventos bianuais. à RENETO, como forma de viabilizar a participação dos pesquisadores interessados da área.

Participantes

Foram reunidas no IV SNPTO 166 pessoas vinculadas a 21 IES e, no V SNPTO, 172 pessoas, vinculadas também a 21 IES. Em ambas as edições a UFSCar e as universidades que sediaram os eventos, UFES e UNIFESP, respectivamente, congregaram o maior número de inscritos, sendo a primeira por possuir os primeiros cursos de mestrado e doutorado em terapia ocupacional, demonstrando a adesão de seus alunos à participação e disseminação de suas pesquisas.

As Tabela 1 e 2 detalham o conjunto de participantes em cada edição.

Tabela 1
Inscritos por instituição de ensino e região – IV SNPTO.
Tabela 2
Inscritos por instituição de ensino e região – V SNPTO.

Entre os 141 inscritos com informações sobre suas IES, nota-se predominância daqueles da região Sudeste, com 105 (74%) inscritos, seguida das regiões Sul (9%), Centro-oeste (8%), Nordeste (7%) e Norte (2%). Isto se deve, em parte, pela maior concentração de IES com graduação na área na região Sudeste e por esta ser a região sede do evento4 4 No III SNPTO, realizado na UFPB, em João Pessoa (PB), a região com maior número de inscritos foi a Nordeste (48%). .

Entre os 155 inscritos com informações sobre suas IES, nota-se a predominância daqueles da região Sudeste com 119 (77%) inscritos, seguida das regiões Sul (10,5%), Nordeste (5%), Centro-oeste (4,5%) e Norte (3%), repetindo-se a situação e a análise feita para edição anterior.

Grupos de Trabalho e Perfil dos Trabalhos Apresentados

Na IV edição, foram apresentados 103 trabalhos na modalidade pôster, cujos resumos e trabalhos completos foram publicados nos anais do evento. Na V edição, foram 144 trabalhos, também apresentados na modalidade pôster, mas publicados somente no formato de resumos. As Tabelas 3 e 4 destacam o número de trabalhos por GT.

Tabela 3
Trabalhos apresentados por grupo de trabalho no IV SNPTO.
Tabela 4
Trabalhos apresentados por grupo de trabalho no V SNPTO

Comparativamente, observou-se um aumento no número de trabalhos em relação a 2016 (103), porém, inferior à edição de 2014 (146). Tais informações sinalizam que, apesar da terapia ocupacional ter ampliado o quadro de docentes mestres e doutores (Folha et al., 2018Folha, O. A., Folha, D., Figueiredo, M., Cruz, D., & Emmer, M. L. (2018). Quem são nossos(as) mestres(as) e doutores(as)? Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 29(2), 92-103. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v29i2p92-103.
http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-614...
), este incremento não repercutiu no aumento de trabalhos no evento dedicado à pesquisa na área.

A análise dos trabalhos registrados em anais nos últimos quatro5 5 Na primeira edição, não houve apresentação de trabalhos. SNPTOs indica uma distribuição dispersa entre as temáticas, conforme a Figura 1.

Figura 1
Trabalhos apresentados nos II, III, IV e V SNPTO por grupo de trabalho. Fonte: Anais SNPTO, elaboração das autoras. *Grupos de Trabalhos extintos na edição de 2018. ** Grupos de Trabalhos que passaram a existir a partir de 2016.

No cômputo de todas as edições do SNPTO, os GTs com maior número de trabalhos apresentados são os relacionados à Saúde Mental e Terapia Ocupacional (97 trabalhos, 20%) e Terapia Ocupacional Social (83 trabalhos, 17%), seguidos pelo de Terapia Ocupacional e Desenvolvimento Típico e Atípico na Infância (59 trabalhos, 12%). Na Figura 2, observa-se os trabalhos por GT na sua totalidade apresentados em todas as edições dos SNPTOs.

Figura 2
Trabalhos apresentados nos II, III, IV e V SNPTO por grupo temático e ano. Fonte: Anais SNPTO, elaboração das autoras.

Destacam-se os GTs de Saúde Mental e de Terapia Ocupacional Social, em relação à quantidade e manutenção de um expressivo número de trabalhos apresentados nas quatro edições do SNPTO, sendo que, nas últimas duas, o GT de Saúde Coletiva e Terapia Ocupacional também agregou um conjunto expressivo de trabalhos.

Para novas Discussões e Algumas Considerações

É possível afirmar que o IV e o V Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional constituíram eventos representativos para a comunidade de pesquisadores terapeutas ocupacionais, frente ao número de participantes, à presença das principais IES nas quais há cursos de formação profissional ativos no Brasil, bem como de suas regiões.

A despeito do cenário político que se enfrenta no Brasil e da diminuição afrontosa dos aportes financeiros para o campo da ciência e tecnologia e para educação que precariza e fragiliza as IES públicas, a área de terapia ocupacional, que conheceu um aumento exponencial nas vagas públicas para a formação graduada nos últimos 10 anos (Pan & Lopes, 2016Pan, L. C., & Lopes, R. E. (2016). Políticas de ensino superior e a graduação em terapia ocupacional nas Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 24(3), 457-468.), vem crescendo agora no ensino pós-graduado em seus sentidos estritos, o que, como se sabe, traz reflexos diretos no âmbito da pesquisa. No fim de 2018, passamos de um único Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional, da UFSCar, e na modalidade acadêmico, para três, com a aprovação do Curso de Mestrado Acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Ocupação na Universidade Federal de Minas Gerais (Van Petten et al., 2019Van Petten, A. M. V. N., Faria-Fortini, I., & Magalhães, L. C. (2019). Um novo mestrado em terapia ocupacional: perspectivas e desafios. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 27(2), 231-232.) e do Curso de Mestrado Profissional do Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional e Processos de Inclusão Social da Universidade de São Paulo (Almeida & Oliver, 2019Almeida, M. C., & Oliver, F. C. (2019). Mestrado profissional em terapia ocupacional na Universidade de São Paulo: apostando na força dos processos coletivos. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 27(2), 233-234. http://dx.doi.org/10.4322/2526-8910.ctoED27022.
http://dx.doi.org/10.4322/2526-8910.ctoE...
). Tais avanços certamente contribuirão com o aumento do número de pesquisadores na área e para o fortalecimento da produção científica.

Contudo, destacamos que, apesar do aumento de programas de pós-graduação e de docentes doutores inseridos em universidades (Folha et al., 2018Folha, O. A., Folha, D., Figueiredo, M., Cruz, D., & Emmer, M. L. (2018). Quem são nossos(as) mestres(as) e doutores(as)? Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 29(2), 92-103. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v29i2p92-103.
http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-614...
), a quantidade de trabalhos apresentados que resultem de pesquisas ainda é singela, quando observado o percurso histórico dos SNPTO. O mesmo ocorre com o número de pesquisadores participantes, pois, ao considerarmos, tomando o trabalho divulgado de Folha et al. (2018)Folha, O. A., Folha, D., Figueiredo, M., Cruz, D., & Emmer, M. L. (2018). Quem são nossos(as) mestres(as) e doutores(as)? Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 29(2), 92-103. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v29i2p92-103.
http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-614...
, um montante de 1.1886 6 Para uma análise mais acurada, seria importante saber quantos estão na ativa e quantos estão em IES que requeiram o exercício de atividades de pesquisa. terapeutas ocupacionais brasileiros com pós-graduação stricto sensu, atingimos tão somente 14,47% dos pesquisadores na última edição do SNPTO.

Ainda mais detidamente sobre o V SNPTO, a síntese dos relatórios produzidos pelos GTs, levados à sua plenária final, bem como a nossa participação ativa durante todo o Seminário, demonstra que os resultados dos GTs foram proporcionais aos investimentos feitos e/ou aos retornos conseguidos pelos seus coordenadores, no que tange à composição de uma síntese sobre o “estado da arte” de sua subárea temática, como solicitado pela organização do evento. Tais investimentos foram expressos de formas diferentes antes e durante o evento, sendo que os coordenadores que puderam se deter mais nesse processo prévio ao SNPTO conduziram GTs que conseguiram avançar no aprofundamento do debate e na qualificação de propostas, identificando, de fato, as lacunas de produção intelectual da subárea, com a criação de estratégias coletivas concretas para alavancar essa questão e aglutinar pesquisadores em torno de um objeto comum.

Neste sentido, podemos afirmar que a proposta de que os coordenadores de GTs apresentassem o “estado da arte” de seus respectivos campos sem um direcionamento detalhado quanto ao modo de fazê-lo, deixou em aberto as possibilidades de discussões e encaminhamentos dos grupos, conforme a compreensão e investimentos de suas coordenações.

Além do conjunto dos oito GTs anteriormente apresentados, dois outros GTs se organizaram e discutiram suas estratégias internas para criação e sustentação, a saber: o GT Arte, Cultura e Terapia Ocupacional e o GT Contextos Hospitalares e Terapia Ocupacional.

Há de se destacar a riqueza em se promover um encontro entre pessoas interessadas, traçando planos comuns, mas infelizmente os planos, no cotidiano e demandas da vida universitária, acabam não ganhando concretude e, quando ganham, não tem sido possível saber o que de fato foi proveniente dos encontros promovidos pelos SNPTOs.

Tanto os relatórios dos GTs da IV e V edição, de uma forma geral, d2526-8910-cadbto-29-e2010-gf02-en.jpgemonstram que grande parte deles propôs atividades a serem realizadas no ínterim entre essa edição e a próxima, como a criação de eventos próprios, a criação de canais de comunicação mais efetivos entre os membros dos GTs, organização de produções intelectuais por meio da publicação de livros, proposição de dossiês aos principais periódicos nacionais da área, propostas de pesquisa interinstitucionais para concorrer a editais específicos de financiamento, entre outras. Isso acaba revelando certa repetição do que se propõe em cada edição do evento. Tal recorrência necessita ser enfrentada, pelo menos naquilo que é da responsabilidade dos participantes, em especial, no que diz respeito a dar efetivo encaminhamento às propostas elaboradas.

O desafio da implementação permanece, a despeito de alguns avanços também percebidos. Entretanto, como dissemos, estes não podem ser creditados, necessariamente, ao nosso seminário nacional de pesquisa no formato que teve em suas últimas edições.

Alguns relatórios do V SNPTO também apontaram a necessidade de garantir os conteúdos de seus campos nos currículos, em observância às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) da terapia ocupacional, no entanto, consideramos que isto esteve no bojo das discussões que se deram no evento que precedeu ao V SNPTO, o XVI ENDTO, cuja temática central foram as DCNs.

É importante apontar os contextos políticos em que os eventos aqui trazidos foram organizados e realizados. No final de 2015, foi instaurado um conturbado processo com vistas ao impedimento da continuidade do mandato de Dilma Rousseff como presidente do Brasil, para o qual foi legitimamente eleita em 2014, sendo que, em agosto de 2016, houve a aprovação desse impedimento pelo Congresso Nacional. Assim, desde setembro de 2016 e até o fim de 2018, no governo do ex-vice-presidente Michel Temer, houve uma forte adesão dessa gestão, com apoio majoritário do Congresso Nacional, a um (des)arranjo político do Estado brasileiro que atendia claramente aos interesses do capital e do mercado financeiro, tendo sido o seu ápice a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional/241, conhecida como a PEC do Teto dos Gastos, que congelou por 20 anos o orçamento para as despesas e os investimentos públicos, atingindo toda execução das políticas públicas sociais, impactando diretamente as IES e o campo profissional dos terapeutas ocupacionais. Ademais, a realização do XVI ENDTO/V SNPTO ocorreu após os resultados do primeiro turno das eleições para presidente de 2018 e, no bojo das discussões sobre as propostas para um futuro-próximo do país, vivíamos um momento de acirramento político importante, com defesas opostas concernentes às garantias dos direitos sociais, sendo que ganhava a cena um projeto que brandia a retirada desses direitos e, ainda mais gravemente, de direitos constitucionais, no caso da proposta da reforma trabalhista e da previdência, revelando o que estava por vir, na esteira de retrocessos no plano socioeconômico, mesmo em um recorte liberal, e de conservadorismos de viés autoritário e ideológico, como estamos todos a assistir pasmados neste Brasil de pouca tradição democrática.

Nesse cenário, complementarmente, um dos encaminhamentos feitos na plenária final do V SNPTO se deu em torno de um posicionamento coletivo, por meio da RENETO como a entidade representativa de docentes e pesquisadores da área, diante do contexto nacional de desmonte dos direitos sociais e dos anúncios de cerceamento da cátedra docente. Nesse sentido, elaborou-se uma carta aberta em defesa da educação e da saúde como bens públicos, da Universidade Pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada, em defesa da liberdade e da democracia, o que foi aprovado em assembleia.

Ainda na plenária final, manteve-se a decisão da realização do VI SNPTO junto com o XVII ENDTO, em 2020, com a isenção da inscrição para associados da RENETO nos dois últimos anos. O colegiado do Curso de Graduação em Terapia Ocupacional da Universidade de Brasília irá sediar esses dois eventos e organizá-los em conjunto com a RENETO.

Frente ao fato dos recursos nacionais para a ciência e tecnologia terem sofrido drásticos cortes no governo atual, e isso ter abalado os aportes de financiamentos para a realização desta última edição, quando comparados a edições anteriores, a diretoria da RENETO vem se debruçando sobre outras possibilidades de formatos para a realização do SNPTO e para que, de fato, os GTs ganhem maior protagonismo, viabilizando eventos próprios, com temáticas pertinentes ao seu escopo de pesquisa, com uma organização independente, não obstante, apoiada pela RENETO.

Por fim, todos os trabalhos e o material dos relatórios dos GTs na íntegra foram divulgados em anais eletrônicos7 7 Disponível no site da RENETO (2019). . A síntese apresentada neste texto se soma a esse material, cumprindo-se a tarefa de deixar registrada a memória dos eventos e, por que não, uma parte da memória da terapia ocupacional brasileira e daquilo que se desenha como seus horizontes possíveis.

  • 1
    Esse Grupo de Trabalho foi instituído em 2008 e as pesquisadoras que, atualmente, o integram são: Profa. Dra. Roseli Esquerdo Lopes, Profa. Dra. Fátima Correa Oliver, Profa. Dra. Sandra Maria Galheigo e Profa. Dra. Ana Paula Serrata Malfitano.
  • 2
    Há de se destacar que na V edição somente a FAPESP proveu recursos financeiros, sendo que, apesar de reconhecer o mérito acadêmico da proposição, tanto a CAPES quanto o CNPq não atenderam à solicitação de apoio financeiro apresentada.
  • 3
    Para acesso à gratuidade do evento, o associado precisava estar quite com as anuidades dos últimos dois anos, uma vez que são eventos bianuais.
  • 4
    No III SNPTO, realizado na UFPB, em João Pessoa (PB), a região com maior número de inscritos foi a Nordeste (48%).
  • 5
    Na primeira edição, não houve apresentação de trabalhos.
  • 6
    Para uma análise mais acurada, seria importante saber quantos estão na ativa e quantos estão em IES que requeiram o exercício de atividades de pesquisa.
  • 7
    Disponível no site da RENETO (2019)RENETO. (2019). Recuperado em 15 de agosto de 2013, de http://reneto.org.br/
    http://reneto.org.br/...
    .
  • Como citar: Borba, P. L. O., Vasters, G. P., Malfitano, A. P. S., Oliver, F. C., Andrade, A. C., & Lopes, R. E. (2021). IV e V edições do Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional: registro das memórias, futuros-presente. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 29, e2010. https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoARF2010
  • Fonte de Financiamento IV SNPTO: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES. Processo PAEP 1363/2016. V SNPTO – FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, Nº Processo: 2018/11559-2.

Referências

  • Almeida, M. C., & Oliver, F. C. (2019). Mestrado profissional em terapia ocupacional na Universidade de São Paulo: apostando na força dos processos coletivos. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 27(2), 233-234. http://dx.doi.org/10.4322/2526-8910.ctoED27022
    » http://dx.doi.org/10.4322/2526-8910.ctoED27022
  • Ferreira, N. S. A. (2002). As pesquisas denominadas “estado da arte”. Educação & Sociedade, 23(79), 257-272. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-73302002000300013
    » http://dx.doi.org/10.1590/S0101-73302002000300013
  • Folha, O. A., Folha, D., Figueiredo, M., Cruz, D., & Emmer, M. L. (2018). Quem são nossos(as) mestres(as) e doutores(as)? Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 29(2), 92-103. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v29i2p92-103
    » http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v29i2p92-103
  • Galheigo, S. M., & Braga, C. P. (2016). Referenciais históricos da terapia ocupacional no Brasil: marcos e tendências de uma linha do tempo. In Anais do XV Encontro Nacional de Docentes de Terapia Ocupacional e 4º Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional Vitória: UFES.
  • Lopes, R. E. (2016). Referenciais históricos e contemporâneos da terapia ocupacional: a configuração de um campo de saber teórico? In Anais do 15º Encontro Nacional de Docentes de Terapia Ocupacional e 4º Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional. Vitória: UFES.
  • Lopes, R. E., & Malfitano, A. P. S. (2009). Perspectivas e desafios para a pesquisa em terapia ocupacional: uma análise do seu I Seminário Nacional de Pesquisa. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 17(Supl. Esp.), 115-120.
  • Lopes, R. E., Duarte, M. L. M. C., Pereira, B. P., Oliver, F. C., & Malfitano, A. P. S. (2016). A divulgação do conhecimento em terapia ocupacional no Brasil: um retrato nos seus periódicos. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 24(4), 777-789.
  • Lopes, R. E., Malfitano, A. P. S., Oliver, F. C., & Borba, P. L. O. (2009). Anais do 1º Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional: Grupos de Trabalho, Plenária e Encaminhamentos. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, 17(Supl. Esp), 105-114.
  • Lopes, R. E., Oliver, F. C., Malfitano, A. P. S., & Lima, J. R. (2014). Annals 2nd National Seminar of Occupational Therapy Research: path to the academic institutionalization of the field. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 25(2), 167-176. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v25i2p167-176
    » http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v25i2p167-176
  • Malfitano, A. P. S., Galheigo, S. M., Lopes, R. E., Leão, A., & Oliver, F. C. (2016). Anais do 4º Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional. Relatório Técnico. Brasília: CAPES.
  • Oliver, F. C., Lopes, R. E., Malfitano, A. P. S., da Silva, A. C. C., & Silva, R. A. dos S. (2016). 3º Seminário Nacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional: contribuições para o desenvolvimento da área. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 27(3), 361-368. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v27i3p361-368
    » http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v27i3p361-368
  • Pan, L. C., & Lopes, R. E. (2016). Políticas de ensino superior e a graduação em terapia ocupacional nas Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 24(3), 457-468.
  • RENETO. (2019). Recuperado em 15 de agosto de 2013, de http://reneto.org.br/
    » http://reneto.org.br/
  • Van Petten, A. M. V. N., Faria-Fortini, I., & Magalhães, L. C. (2019). Um novo mestrado em terapia ocupacional: perspectivas e desafios. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 27(2), 231-232.

Editado por

Editora de seção

Profa. Dra. Sandra Maria Galheigo

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    07 Maio 2021
  • Data do Fascículo
    2021

Histórico

  • Recebido
    17 Set 2019
  • Revisado
    15 Dez 2019
  • Aceito
    04 Jan 2020
Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Terapia Ocupacional Rodovia Washington Luis, Km 235, Caixa Postal 676, CEP: , 13565-905, São Carlos, SP - Brasil, Tel.: 55-16-3361-8749 - São Carlos - SP - Brazil
E-mail: cadto@ufscar.br