Resumo
Introdução:
A maternidade é um importante desafio ocupacional para as mulheres, situação que se torna mais complexa na adolescência.
Objetivo:
Analisar as trajetórias de mães adolescentes na perspectiva da terapia ocupacional feminista.
Método:
Estudo qualitativo que, por meio de entrevistas em profundidade e análise temática, analisou seis experiências de maternidades para adolescentes na Espanha.
Resultados:
emergiram três categorias centrais de análise que explicam parte das trajetórias ocupacionais. Dentre elas, destacamos a “Precariedade ocupacional: uma vulnerabilidade gênero-sexo”, que dá conta das condições anteriores que possibilitam a gravidez na adolescência. A categoria “Uma ocupação familiar: maternidade (inter) dependente” reflete a organização familiar do cuidado e da educação, dando conta da relevância das figuras femininas que sustentam essa experiência. Por fim, a categoria “O turno ocupacional: suas repercussões psicossociais”, considera o impacto da maternidade nas projeções, tanto no nível educacional como na sua inserção laboral.
Conclusão:
As trajetórias de mães adolescentes refletem uma flutuação de emoções e complexidades em suas maternidades associadas ao período da vida em que a realizam. Por isso, o surgimento de uma terapia ocupacional feminista atenta às desigualdades de gênero nos permite desafiar as injustiças ocupacionais enfrentadas pelas mães adolescentes na luta por uma vida mais justa e digna.
Palavras-chave:
Maternidade; Adolescência; Gênero; Justiça Social; Terapia Ocupacional; Feminismo