Resumo
O objetivo deste ensaio foi trazer ao debate a concepção gramsciana de Estado e sociedade civil na tentativa de elencar elementos teóricos para discutir a terapia ocupacional no processo de institucionalização das demandas sociais no contexto de uma sociedade capitalista. Para tanto, recorreu-se a textos de autores que têm se dedicado ao estudo da obra de Gramsci, os quais possibilitaram uma análise crítica e a percepção da peculiaridade da concepção de Estado neste autor, pela incorporação da sociedade civil, e as determinações gerais da sua teoria. Nesse contexto, foi possível fazer apontamentos sobre a dimensão social da terapia ocupacional, como profissão que surge na e para a sociedade capitalista, com a função social de responder às demandas sociais de pessoas e grupos que encontram limitações para participar da vida em sociedade, muitas delas decorrentes das contradições próprias dessa sociedade. Reforça-se a necessidade do compromisso ético-político da profissão com os interesses coletivos das classes subalternas, principais demandantes do trabalho profissional.
Palavras-chave:
Sociedade Civil; Capitalismo; Terapia Ocupacional