Resumo
Introdução
Existem evidências sobre absenteísmo-doença no contexto hospitalar, mas são necessários estudos não só com profissionais do setor de assistência, mas também com outros de diferentes setores.
Objetivos
Investigar a associação entre a prevalência de absenteísmo-doença e as características individuais, os hábitos e o estilo de vida, o estado de saúde e as condições de trabalho entre trabalhadores de um hospital filantrópico de médio porte.
Método
Estudo transversal com amostra probabilística de 123 profissionais dos setores de assistência, de apoio e administrativo. Foram obtidas informações autodeclaradas sobre ausência do trabalho, características sociodemográficas, estilo de vida, estado de saúde e condições de trabalho. Razões de prevalência de absenteísmo e seus respectivos intervalos de confiança de 95% foram ajustados pela técnica de regressão multivariada de Poisson.
Resultados
A prevalência de absenteísmo nos últimos 12 meses foi de 28,5%, independentemente do setor de trabalho. A presença de doença ocupacional, a alta demanda física e psicológica e o tempo de trabalho no hospital permaneceram associados ao absenteísmo após o ajuste multivariado dos dados.
Conclusão
Condições precárias de trabalho estão associadas ao absenteísmo-doença entre os profissionais investigados. Esse achado deve ser levado em consideração na formulação de intervenções que envolvem a promoção da saúde desses trabalhadores.
Palavras-chave:
qualidade da assistência à saúde; riscos ocupacionais; impacto psicossocial; absenteísmo; avaliação de serviços de saúde