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Acessibilidade geográfica aos serviços de reabilitação de crianças com síndrome congênita do vírus Zika

Geographical accessibility to rehabilitation services of children with congenital zika syndrome

Resumo

Introdução

Alterações neurológicas em crianças com síndrome congênita do vírus Zika (SCZ) repercutem em atrasos no desenvolvimento e deformidades, levando à necessidade da assistência aos serviços de reabilitação.

Objetivo

Analisar a acessibilidade geográfica de crianças com SCZ na Região Metropolitana do Recife (RMR) e compará-la com a otimizada (distância mais próxima entre a residência da criança e o serviço).

Método

Estudo descritivo, incluindo 51 crianças com SCZ que residiam na RMR. Utilizaram-se questionários semiestruturados com dados sociodemográficos, econômicos e informações dos serviços de reabilitação utilizados pela criança. Elaboraram-se mapas de distribuição espacial e fluxos pelo Sistema de Informação Geográfica QGis e análises descritivas do perfil da amostra, usando SPSS 20.0.

Resultados

A maioria era de crianças que viviam em locais de vulnerabilidade, considerando a renda como indicador. Quanto à acessibilidade, os serviços de reabilitação estavam concentrados na cidade do Recife, levando 37,3% das crianças a percorrer acima de 15 km até os serviços. Verificou-se que numa acessibilidade otimizada, 52,9% percorreriam entre 1 e 5 km.

Conclusão

Uma reorganização dos serviços para garantir maior facilidade de acessibilidade a essas crianças é necessária e imprescindível para garantia de melhor acompanhamento e assistência dessas famílias em longo prazo.

Palavras-chave:
vírus Zika; vulnerabilidade; reabilitação; acesso aos serviços de saúde

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