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Prevalência e fatores associados ao uso de crack em pacientes em tratamento em serviço ambulatorial especializado

Resumo

Introdução

embora tenhamos avançado nos estudos sobre o consumo de crack, é importante o conhecimento das características dos usuários que buscam tratamento nas diferentes modalidades assistenciais para transtornos relacionados ao uso de substâncias para planejar a operacionalização desses dispositivos.

Objetivo

analisar a prevalência e os fatores associados ao uso de crack em pacientes em tratamento de modalidade clínico-ambulatorial.

Método

estudo transversal, com análise dos prontuários dos pacientes do período de 1999 a 2015 de um ambulatório de dependência química no Sul do Brasil. Para análise dos dados foi realizado o teste exato de Fisher e regressão de Poisson.

Resultados

foram analisados os prontuários de 1.253 pacientes, dos quais 1.196 (95,5%) continham informações sobre o uso de crack. O uso de crack foi relatado por 47% (IC 95% [44, 50]) dos pacientes. O grupo de risco consistiu em adultos de 20 a 39 anos, sem renda, com três ou mais filhos, que não consumiam álcool ou usavam maconha, que tinham acompanhamento familiar contínuo, que buscavam espontaneamente o serviço, que já haviam sido internados em hospital ou feito acompanhamento em comunidade terapêutica ou centro psicossocial.

Conclusão

existe uma grande demanda no atendimento ambulatorial de pacientes que usam crack. É imprescindível que os fatores de risco orientem o planejamento do tratamento.

Palavras-chave:
cocaína crack; usuários de drogas; assistência ambulatorial; serviços de saúde; transtornos relacionados ao uso de substâncias

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