Resumo
Introdução
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. Os idosos apresentam mais comorbidades e usam vários medicamentos, cenário que aumenta a prescrição de polifarmácia (PF) e o uso de medicamentos potencialmente inapropriados (MPIs).
Objetivo
O objetivo do estudo foi identificar a prevalência e os fatores associados à PF e aos MPIs em idosos brasileiros.
Método
Foi utilizada uma amostra de 222 idosos inscritos no Programa Médico de Família em Niterói, Brasil (Estudo Digitalis). Foi estimada a prevalência de PF e MPIs. Foram usados modelos de regressão logística. Idade e sexo foram mantidos nos modelos como possíveis fatores de confusão.
Resultados
A prevalência de PF foi de 23,9% e de MPIs 24,8%. A PF foi associada com índice de massa corpórea, doença coronariana, diabetes mellitus e número de comorbidades; já MPIs foram associados com PF.
Conclusão
A prevalência de PF e MPIs, embora elevada, foi menor do que a evidenciada em outros estudos. Isso pode ser reflexo das diferenças na disponibilidade das medicações e nos hábitos de prescrição. A PF foi associada à presença de múltiplas comorbidades, visto que sempre é necessário o uso de várias drogas para a manutenção terapêutica. Os resultados deste estudo demonstram que ainda é preciso maior cuidado na prescrição de pacientes idosos.
Palavras-chave:
tratamento farmacológico; epidemiologia; idoso