Resumo
Introdução
As desigualdades na necessidade de tratamento odontológico têm sido consistentemente relatadas, sendo o monitoramento delas essencial para o planejamento da saúde pública.
Objetivo
Avaliar a magnitude da desigualdade socioeconômica relacionada à necessidade de atendimento odontológico.
Método
Utilizaram-se dados da Última Pesquisa de Condições de Saúde Bucal de Minas Gerais, realizada em 2011, com amostra representativa de adolescentes (n = 2.310) e adultos (n = 1.188). A necessidade de tratamento odontológico foi avaliada de acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS). A renda familiar foi utilizada como medida de posição socioeconômica. A magnitude das desigualdades socioeconômicas relacionadas à necessidade de tratamento foi avaliada por meio do Índice Absoluto de Desigualdades (IAD) e Índice Relativo de Desigualdades (IRD).
Resultados
Entre adolescentes, o IAD foi de -22,9% (IC95% -34,8; -11,0) e o IRD estimado em 0,61 (IC95% 0,47; 0,79). Entre adultos, o IAD foi de -28,0% (IC95% -39,8; -16,3) e IRD 0,58 (IC 95% 0,45; 0,74).
Conclusão
Existem desigualdades socioeconômicas relacionadas à necessidade de tratamento odontológico, sendo que indivíduos com menor renda familiar apresentam maior prevalência de necessidades.
Palavras-chave:
saúde bucal; fatores socioeconômicos; Brasil; assistência odontológica