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Antioxidantes sanguíneos provenientes da dieta em ribeirinhos da Amazônia Brasileira: suas relações com sazonalidade e determinantes sociodemográficos

Resumo

O presente estudo reporta as concentrações plasmáticas dos antioxidantes cobre (Cu), manganês (Mn), selênio (Se), zinco (Zn), β-caroteno, licopeno e vitaminas (A e E) em moradores da região do Rio Tapajós, Pará, Amazônia, e as relaciona com características sociodemográficas e sazonalidade (seca e cheia). Os teores de Mn, Se e Zn foram acima dos valores de referência (VR) e daqueles achados em outras regiões do Brasil, enquanto para o β-caroteno tal achado ocorreu apenas na estação da cheia. Os valores de licopeno foram dentro dos VR, porém abaixo dos achados em outras regiões do Brasil. Os níveis de Cu, Se, Zn, β-caroteno, licopeno e vitamina E variaram entre as estações. Variação intercomunitária foi constatada para β-caroteno, Mn e Se. Os teores de Se e Zn foram alterados, respectivamente, por tabagismo e sexo. Os níveis de β-caroteno e vitaminas (A e E) alteraram-se com o consumo de bebida alcoólica. A vitamina E foi dependente do estado de origem. Participantes que desempenhavam ambas as profissões de agricultor e pescador apresentavam teores de Cu superiores e de β-caroteno inferiores comparativamente àqueles que desempenhavam uma única profissão. Esses dados fornecem informações sobre os teores de antioxidantes para essa população amazônica.

Palavras-chave:
carotenoides; vitaminas; metais; Amazônia

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