Conduziu-se este estudo, com o objetivo de quantificar o ácido alfa-linolênico (LNA, 18:3n-3) em folhas de trigo secas e colhidas em diferentes estádios de desenvolvimento (20, 40 e 80 dias), determinar o potencial antioxidante e o conteúdo de fenólicos totais em folhas colhidas aos 80 dias, assim como realizar a analise de minerais (Na, K, Fe, Ca, Mg, P, Zn, Cu e Mn). Foi verificada uma predominância de ácidos graxos poli-insaturados (AGPI) comparado com os ácidos graxos saturados (AGS) na fração lipídica das folhas. As folhas colhidas em todos os períodos apresentaram razões de AGPI/AGS e de ácidos graxos ômega-6 e ômega-3 (n-6/n-3), dentro dos valores considerados adequados para a alimentação. O maior teor de LNA foi encontrado nas folhas colhidas aos 60 dias, correspondendo a 2.146,72 mg 100 g-1 de matéria seca. Entre 60 e 80 dias, observou-se uma queda de cerca de 30% na concentração de LNA. A fração acetato foi eficiente na inibição do radical DPPH, apresentando valor de IC50 de 154 µg mL-1, e o teor de compostos fenólicos foi de 615,4 ± 36,4 mg EAG L-1, ambas as análises para as folhas colhidas aos 80 dias. Nesse estádio de crescimento, as folhas apresentaram consideráveis teores dos minerais P, Zn, Cu e Mn. Tais resultados reforçam a importância do uso de folhas de trigo para alimentação humana, em função de seu potencial antioxidante e consideráveis teores de LNA.
Ácido alfa-linolênico; fenólicos totais; atividade antioxidante
