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Milho responde positivamente à fertirrigação com água negra oriunda de esgoto tratado por sistema anaeróbico descentralizado

RESUMO

Os sistemas de saneamento básico não são suficientes para atender as necessidades sanitárias nas áreas rurais do Brasil. Assim, um sistema anaeróbio descentralizado foi desenvolvido pela Embrapa para viabilizar o tratamento de esgoto doméstico. O efluente de esgoto tratado (EET) pode ser aplicado para substituir totalmente o N oriundo do fertilizante mineral requerido pelas plantas de milho, espécie vegetal típica cultivada por pequenos produtores brasileiros para alimentação animal. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar as respostas da cultura do milho ao uso de EET como fertilizante. Um experimento de campo foi realizado em solo franco argilo arenoso em São Carlos, estado de São Paulo, Brasil, na safra de verão 2018-2019 utilizando uma cultivar de milho híbrido com dupla aptidão (produção de grãos e silagem). Foram avaliados quatro tratamentos sobre a aplicação de diferentes fontes de nutrientes, dispostos em blocos casualizados com três repetições: 1- NPK: uréia, superfosfato simples e cloreto de potássio como fontes de nutrientes; 2- EfPK: EET como fonte de N + PK de fertilizantes minerais; 3- Ef: apenas EET; 4- PK: apenas fertilizantes minerais. O EET foi aplicado na cultura por irrigação por sulcos curtos e fechados. O EET pode ser utilizado principalmente como fonte de nitrogênio e outros nutrientes para a nutrição da cultura do milho com base no conhecimento das concentrações de nutrientes do efluente. A aplicação fracionada de EET por fertirrigação pode levar a parâmetros de produtividade do milho próximos aos da aplicação de NPK utilizando apenas fertilizantes minerais como fonte de nutrientes. O reaproveitamento desse efluente é viável para a produção de milho em pequena escala, típica da agricultura familiar brasileira.

Termos para indexação:
Fossa séptica biodigestora; nitrogênio; irrigação por sulco; pequeno produtor.

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