RESUMO
Uma das etapas que encarece a produção de cogumelos é a desinfecção dos substratos. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar diferentes métodos de desinfecção de diversos substratos utilizados no cultivo de um Pleurotus ostreatus da Amazônia. P. ostreatus foi cultivado sob condições de temperatura não controlada em casa de vegetação (aproximadamente 30 °C) em substratos formulados com resíduos (sementes) de palmeiras de açaí e tucumã, casca de castanha do Brasil e serragem de pinus. Diferentes tratamentos de desinfecção do substrato consistiram em autoclavagem, imersão em água quente e em hidróxido de cálcio (2%). Foi analisada a composição química dos resíduos, substratos e cogumelos. Durante o cultivo, verificou-se que no tratamento com água quente, todos os sacos estavam contaminados e o tratamento com hidróxido de cálcio inibiu a colonização e o crescimento do cogumelo. P. ostreatus cultivado em substrato de açaí autoclavado e suplementado com tucumã apresentou maior produção. Os maiores teores de fibras totais foram obtidos nos cogumelos provenientes do cultivo em pinus, suplementado com castanha do Brasil (32,68 a 33,65%) e os maiores teores de proteínas (20,03 a 20,88%) nos substratos à base de açaí. Considerando que P. ostreatus apresentou maior produtividade nos substratos autoclavados, novos estudos deverão ser realizados com o objetivo de se desenvolver métodos alternativos de desinfecção de substratos para o cultivo de cogumelos na região amazônica, bem como em outras regiões de clima tropical. Contudo, o cultivo deste cogumelo mostrou-se promissor, utilizando-se substratos regionais, com ênfase para o açaí, um dos importantes produtos da Amazônia.
Termos para indexação:
Substratos alternativos; eficiência biológica; fungos comestíveis;
Pleurotus ostreatus
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