RESUMO
A resistência a herbicidas tem se tornado um dos principais problemas que os produtores têm enfrentado, e as estratégias de manejo integrado de plantas daninhas são as mais importantes ferramentas para a sua mitigação. O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito do cultivo de braquiária (Urochloa ruziziensis) associado a diferentes programas de rotação de herbicidas no manejo de buva (Conyza sumatrensis) e capim-amargoso (Digitaria insularis) resistentes ao glyphosate no sistema de produção de soja e milho. Um fatorial 3x3 foi avaliado durante quatro safras consecutivas de soja no verão e milho no inverno. O Fator A foi constituído de diferentes sistemas de manejo de inverno: milho solteiro, milho integrado com braquiária e braquiária solteira. O Fator foi baseado em programas de rotação de herbicidas com diferentes níveis de diversidade em mecanismos de ação ao longo das quatro safras. O cultivo de braquiária no inverno incrementou significativamente a biomassa residual no solo. Essa cobertura do solo foi mais eficiente para controlar buva do que capim-amargoso, embora ambas plantas daninhas foram suprimidas pela cultura de cobertura. O uso de programas com maior rotação de mecanismos de ação de herbicidas foi mais eficiente para controlar capim-amargoso do que buva. O uso isolado de cultura de cobertura ou de rotação de herbicidas não foi efetivo para o manejo de buva e amargoso. No entanto, integrando essas duas opções de manejo, foi possível controlar efetivamente ambas as espécies resistentes ao glyphosate e consequentemente aumentar a produtividade das culturas.
Termos para indexação:
Digitaria insularis; Conyza sumatrensis; manejo integrado de plantas daninhas; Urochloa ruziziensis; resistência a herbicidas.
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