RESUMO
A erosão hídrica é um grave problema ambiental que provoca a degradação do solo, compromete sua fertilidade e causa perdas de carbono orgânico do solo (SOC). O reflorestamento, incentivado pela legislação ambiental brasileira, é uma forma de reduzir a erosão hídrica. Porém nas regiões tropicais e subtropicais, há pouca informação sobre o impacto do reflorestamento nas taxas de perda de solo e SOC. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo aplicar o Método de Erosão Potencial (EPM), combinado com dados multitemporais de amostras de solo coletadas in situ, para estimar e espacializar as perdas de solo e carbono orgânico do solo em uma bacia hidrográfica brasileira, predominantemente agrícola que apresentou altas taxas de reflorestamento no período estudado de 2011 a 2019. A determinação dos parâmetros do EPM foi feita com auxílio de Sistema de Informação Geográfica e a estimativa de perda de solo foi validada com informações de uma estação de coleta hidrossedimentológica. Os resultados mostraram que entre 2011 e 2019 a erosão hídrica foi reduzida em 27,5%, enquanto a perdas de carbono foi reduzida em 32,7%. Entre as culturas avaliadas, o milho apresentou as maiores perdas de solo e SOC, enquanto as áreas de café e floresta exibiram as menores taxas. O reflorestamento da bacia é o principal fator responsável pela redução das perdas de solo. Esse processo foi iniciado buscando atender as exigências do Código Florestal Brasileiro, o que destaca o papel positivo que as políticas públicas podem desempenhar na conservação ambiental quando respeitadas e bem aplicadas.
Termos para indexação:
Método de erosão potencial; conservação do solo; erosão hídrica