RESUMO
O uso de água produzida torna-se opção na irrigação de culturas não alimentícias e que apresentam potencial para a produção de biocombustível. Contudo, seus efeitos devem ser conhecidos em diferentes fases de desenvolvimento das plantas e, principalmente, na germinação das sementes. O trabalho foi desenvolvido visando avaliar o desempenho de plântulas de girassol submetidas a diferentes tipos de água produzida. Adotando delineamento experimental em esquema fatorial, foram avaliados 3 cultivares (Catissol 01, Embrapa 122 e IAC Iaramã) e 6 tipos de água (água destilada - testemunha, água de abastecimento, água resultante do processo de separação água e óleo - WOS, da filtragem em filtro de areia - SAF, da filtragem em filtro de areia e carvão - SCF, e da filtragem em filtro de areia + osmose - SOF). Também foi usado o umedecimento do substrato com soluções de polietilenoglicol, simulando os potenciais osmóticos das águas avaliadas, e realizado o teste de sensibilidade com sementes de alface sob condições similares às adotadas para girassol. A cv. Catissol apresentou maiores porcentagens de germinação e vigor de plântulas, independente da água utilizada. Houve tendência de redução da germinação e do vigor das plântulas com o uso da água produzida tratada com os sistemas WOS, SAF e SCF. Todos os potenciais hídricos simulados por soluções de PEG reduziram a germinação e vigor das sementes de alface, sendo esta mais acentuada para o sistema WOS. A SOF foi a única capaz de tornar a água produzida não tóxica para as sementes de girassol e plântulas de alface.
Termos para indexação:
Helianthus annuus L.; vigor; restrição hídrica; fitotoxidez; polietilenoglicol