Ao longo das três últimas décadas os estudos sobre os marcadores moleculares alcançaram avanços extraordinários, em especial nas técnicas de sequenciamento e bioinformática. A seleção assistida por marcadores tornou-se parte da rotina dos programas de melhoramento de importantes empresas de sementes, com o objetivo de acelerar e otimizar o processo de desenvolvimento de novas cultivares. Empresas privadas de sementes crescentemente adotam a seleção assistida por marcadores, especialmente para as espécies de grande importância para o mercado de sementes, como milho, soja e girassol. Nas instituições públicas brasileiras poucos programas de melhoramento a adotam eficientemente. As possíveis razões são: falta de "know-how", falta de laboratório adequado, poucos marcadores validados, alto custo e falta de urgência na obtenção de cultivares. Neste artigo são analisados o uso e as limitações da seleção assistida por marcadores nos programas de melhoramento de plantas dos institutos públicos brasileiros.
Marcadores moleculares; seleção indireta; MAS