Resumo:
O artigo analisa as reformas educacionais, a adoção de práticas e políticas gerencialistas centradas em metas e indicadores e suas implicações no cotidiano laboral de escolas e universidades públicas. São apresentadas considerações qualitativas de pesquisas que objetivaram analisar os efeitos destas políticas nas relações de trabalho, saúde e subjetividade dos professores. Discutimos os aspectos contextuais e ideológicos que envolvem a transposição de conceitos do setor privado-empresarial para as instituições educacionais, tais como os de autonomia, qualidade, metas e produtividade. Destacamos algumas das metas do PNE (2014-2024), de modo a explicitar seu alinhamento às medidas gerenciais e aos modelos de avaliação heterônoma. Consideramos que perspectivas distintas de educação e formação tendem a ser sobrepujadas pela lógica institucional baseada em uma sociabilidade produtiva. E apontamos que a aproximação das instituições educacionais à racionalidade instrumental contribui para a produção de conflitos, frustrações, sofrimento e estresse e/ou adoecimento docente.
Palavras-chave:
Plano Nacional de Educação; Gerencialismo; Trabalho; Adoecimento do professor; PNE