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Recuperando a "questão social": o contexto teórico metodológico do debate e a experiência cubana

O texto apresenta uma síntese do debate internacional sobre a pertinência de um Estado com forte perfil de intervenção centralizada sobre poliacute;ticas sociais universais ou a necessidade de transitar-se para fórmulas descentralizadoras, orientadas para a proteção seletiva dos desfavorecidos. Argumenta em favor de uma re-hierarquização da "questão social" através de um modelo de gestão social relacional. Nesse contexto, avalia os ganhos e limitações da política social de transição socialista, em Cuba, assim como os efeitos da crise e reforma dos anos 90 sobre a sociedade cubana, no incremento da desigualdade e da pobreza, gerando uma reestratificação e maior complexidade social. Conclui que tal cenário exige mudanças na intervenção pública, orientadas para: a sustentabilidade econômica da política social; a substituição da concepção igualitarista por uma perspectiva que reconheça a diversidade das necessidades, segundo grupos e indivíduos diferentes; a modificação das prioridades estratégicas do gasto social em favor das satisfações na esfera doméstica-individual-familiar; a ênfase no desenvolvimento local endógeno e nos atores locais na tomada de decisões; e a ampliação dos conteúdos e limites da participação na construção da agenda social, priorizando elementos de co-gestão, formulação estratégica e controle popular do processo e de seus resultados.

política social; gestão do desenvolvimento social; gestão relacional; reestratificação social; Cuba


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