Este artigo tenta elucidar a importância das relações solidárias exercidas no campo interétnico entre comunidades negras e povos indígenas na Colômbia como desencadeadora de agências territoriais fundamentais nos processos de mudança social e modernização do Estado e da sociedade. É uma forma de compreender a emergência de novas relações sociais e de um mundo de vida produzido em meio às diferentes grafias que marcam o território e que representam discursos que vão desde os lugares de enunciação de grupos étnicos e raciais, até as múltiplas dimensões políticas desenhos do estado multicultural. Conclui-se que as relações entre grupos étnicos na Colômbia, em situações de vizinhança, marcam fronteiras nas quais sobrevive um mundo interétnico. Um mundo de vida e um sistema de parentesco em áreas de coexistência porosas, fluidas e nem sempre harmoniosas, mas que definem agências coletivas.
Etnia; Grupos étnicos; Campo interétnico; Agência; Território e solidariedade