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Azulejos históricos do Cemitério Nossa Senhora da Soledade, Norte do Brasil: caracterização microestrutural, física e mineralógica

Resumo

Durante o século XIX em Belém-PA, destaca-se o uso da azulejaria na arquitetura mortuária do Cemitério Nossa Senhora da Soledade. Estes azulejos são extraordinários componentes do patrimônio azulejar brasileiro, mas encontram-se em elevado estágio de deterioração, devido às condições a que estão submetidos. Esta pesquisa objetivou a caracterização microestrutural, física e mineralógica de azulejos das sepulturas do Cemitério Nossa Senhora da Soledade. A amostragem consistiu em fragmentos portugueses do século XIX, decorados em estampilha. A caracterização foi realizada por microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura com espectroscopia de energia dispersiva, teste de absorção total em água e difratometria de raios X. Os resultados indicaram que as camadas vitrificadas e cerâmicas possuem caráter heterogêneo e defeitos de fabricação, devido ao processo de produção artesanal. As porosidades variam de 13,3% a 22,9%. As chacotas apresentam em sua composição: quartzo, gehlenita, calcita, rutilo, cristobalita, diopsídio, anortita, hematita e wollastonita. De acordo com os resultados, apesar de possuírem em comum o país de origem, século de produção, técnica decorativa e temperatura de queima, as amostras apresentam variações em sua microestrutura e mineralogia. Tais informações são importantes para o conhecimento do material para fundamentar futuras intervenções restaurativas.

Palavras-chave:
azulejo; arquitetura mortuária; microestrutura; caracterização mineralógica

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