O objetivo desse trabalho foi estudar as propriedades de argamassas alternativas usadas para reforço de chapas metálicas de pias de cozinha. O desempenho dessas argamassas foi comparado com aquele de uma argamassa básica feita de cimento, areia e água, denominada argamassa padrão (SM). Uma dessas argamassas, denominada argamassa alternativa 2 (AM2), composta de cimento, resíduo, poliuretano, fibras de polipropileno e água, foi desenvolvida recentemente para substituir a atual, chamada argamassa alternativa 1 (AM1), composta de cimento, areia, poliestireno, fibras de polipropileno e água. Essas argamassas foram produzidas e envelhecidas em um quarto à temperatura atmosférica por 7, 14, 28, 60 e 90 dias com ou sem secagem inicial em estufa. Após 90 dias de cura a tensão de resistência à flexão das argamassas SM, AM1 e AM2 foi, respectivamente, de 5,21, 3,84 e 1,42 MPa. Nas argamassas SM e AM1 foram encontradas as fases C-S-H, Ca(OH)2, SiO2, AFm e AFt (monossulfato/etringita). A argamassa AM2 apresentou, além das fases mencionadas acima, CaCO3. Este composto é proveniente do resíduo têxtil que é composto essencialmente de CaCO3 e Ca(OH)2. A diminuição da resistência à flexão da argamassa AM1, comparada com a argamassa SM, é provocada pela presença de poliestireno enquanto que a diminuição da resistência mecânica da argamassa AM2 é devido à presença de poliuretano e resíduo têxtil. Contudo, a resistência mecânica à flexão da argamassa A2 se mantém acima do mínimo exigido pela aplicação industrial (1 MPa).
argamassa; resíduo industrial; pia; aço inoxidável