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O poder do bacharel no espaço organizacional brasileiro: relendo Raízes do Brasil e Sobrados e mucambos

O objetivo deste artigo é analisar o "bacharelismo" como forma de manifestação de poder no espaço organizacional brasileiro, com base nas análises de Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil (1936) e de Gilberto Freyre em Sobrados e mucambos (1936). Por meio da análise histórico-sociológica do fenômeno, buscamos entender: <img src="/img/revistas/cebape/v4n3/carac01.jpg" align=absmiddle>a aristocracia rural do século XIX no Brasil; <img src="/img/revistas/cebape/v4n3/carac01.jpg" align=absmiddle>a colonização e a influência das características da pátria mãe no Brasil; e <img src="/img/revistas/cebape/v4n3/carac01.jpg" align=absmiddle>a supervalorização de um título acadêmico pelos colonizadores. A leitura desses dois clássicos, sob a ótica do poder do bacharel em uma sociedade segregada, emergindo do rural para o urbano, permitiu entender o bacharelismo nos estudos organizacionais no Brasil como poder condicionado (GALBRAITH, 1999). Nesse sentido, seus detentores possuem um capital social que legitima o exercício da autoridade e do poder perante aqueles desprovidos de distinções nobiliárquicas e/ou acadêmicas.

espaço organizacional brasileiro; bacharelismo; poder


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