Resumos
O rápido crescimento inicial das mudas é um ponto crítico para o sucesso da plantação florestal. Neste estudo, objetivou-se avaliar a influência da idade e do volume de substrato utilizado na produção de mudas clonais de Eucalyptus urograndis no desempenho após o replantio. O experimento foi conduzido em blocos casualizados com dez repetições, no arranjo fatorial 2 x 4 (mudas clonais produzidas em tubetes de 53 e 180 cm³ e com quatro idades - 60, 75, 90, e 120 dias) no espaçamento 3 x 3,33 m. Como tratamento adicional, avaliaram-se plantas de um plantio comercial, plantadas 20 dias antes da instalação do experimento. A utilização de mudas para replantio produzidas com maior volume de substrato possibilitou melhor crescimento inicial em campo. Entretanto, aos 12 meses de idade, o crescimento das mudas de replantio não foi influenciado pela idade e nem pelo volume de substrato utilizado para a produção das mudas.
Eucalyptus urograndis; crescimento inicial; clone
Rapid early growth of tree seedlings is critical for the forest plantation success. This study aimed to evaluate the influence of age and substrate volume on the clonal eucalypt seedlings performance after replanting. The experiment was conducted in randomized blocks with ten replications in a 2 x 4 factorial arrangement (clonal seedlings grown in tubes of 53 and 180 cm³ and four ages - 60, 75, 90 and 120 days) in a 3 x 3,33 m spacing. As an additional treatment, it was evaluated plants of a commercial plantation, settled 20 days before the experiment. Seedling replanting with higher substrate volume provided better initial growth in the field. However, at 12 months of age, replanting seedling growth was not influenced by age or by the amount of substrate used for seedling production.
Eucalyptus urograndis; initial growth; clone
Volume de substrato e idade: influência no desempenho de mudas clonais de eucalipto após replantio
Substrate volume and age: influence on the performance of clonal eucalyptus seedlings after replanting
Anne Caroline Guieiro CorreiaI; Reynaldo Campos SantanaII; Márcio Leles Romarco de OliveiraIII; Miranda TitonIII; Glauciana da Mata AtaídeIV; Fernando Palha LeiteV
IEngenheira Florestal, Mestre em Ciência Florestal Universidade Federal de Viçosa/UFV Departamento de Engenharia Florestal Av PH Rolfs, s/n, Centro 36.570-000 Viçosa, MG, Brasil aguieirocorreia@yahoo.com.br
IIEngenheiro Florestal, Professor Doutor em Solos e Nutrição de Plantas Universidade Federal dos Vales do Jequinhonha e Mucuri/UFVJM Campus JK Departamento de Engenharia Florestal Rod. MG 367, n. 5000, Alto do Jacuba 39.100-000 Diamantina, MG, Brasil silviculturaufvjm@yahoo.com.br
IIIEngenheiro Florestal, Professor(a) Doutor(a) em Ciência Florestal Universidade Federal dos Vales do Jequinhonha e Mucuri/UFVJM Campus JK Departamento de Engenharia Florestal Rod. MG 367, n. 5000, Alto do Jacuba 39.100-000 Diamantina, MG, Brasil marcioromarco@gmail.com, titonmiranda@yahoo.com.br
IVEngenheira Florestal, Doutoranda em Ciência Florestal Universidade Federal de Viçosa/UFV Departamento de Engenharia Florestal Av. PH Rolfs, s/n, Centro 36.570-000 Viçosa, MG, Brasil glaucianadamata@yahoo.com.br
VEngenheiro Agrônomo, Doutor em Solos e Nutrição de Plantas Celulose Nipo Brasileira S.A. Rodovia MG 758, km 3 Cx. P. 100 35.195-000 Belo Oriente, MG, Brasil fernando.leite@cenibra.com.br
RESUMO
O rápido crescimento inicial das mudas é um ponto crítico para o sucesso da plantação florestal. Neste estudo, objetivou-se avaliar a influência da idade e do volume de substrato utilizado na produção de mudas clonais de Eucalyptus urograndis no desempenho após o replantio. O experimento foi conduzido em blocos casualizados com dez repetições, no arranjo fatorial 2 x 4 (mudas clonais produzidas em tubetes de 53 e 180 cm³ e com quatro idades - 60, 75, 90, e 120 dias) no espaçamento 3 x 3,33 m. Como tratamento adicional, avaliaram-se plantas de um plantio comercial, plantadas 20 dias antes da instalação do experimento. A utilização de mudas para replantio produzidas com maior volume de substrato possibilitou melhor crescimento inicial em campo. Entretanto, aos 12 meses de idade, o crescimento das mudas de replantio não foi influenciado pela idade e nem pelo volume de substrato utilizado para a produção das mudas.
Palavras-chave:Eucalyptus urograndis, crescimento inicial, clone.
ABSTRACT
Rapid early growth of tree seedlings is critical for the forest plantation success. This study aimed to evaluate the influence of age and substrate volume on the clonal eucalypt seedlings performance after replanting. The experiment was conducted in randomized blocks with ten replications in a 2 x 4 factorial arrangement (clonal seedlings grown in tubes of 53 and 180 cm3 and four ages - 60, 75, 90 and 120 days) in a 3 x 3,33 m spacing. As an additional treatment, it was evaluated plants of a commercial plantation, settled 20 days before the experiment. Seedling replanting with higher substrate volume provided better initial growth in the field. However, at 12 months of age, replanting seedling growth was not influenced by age or by the amount of substrate used for seedling production.
Key words:Eucalyptus urograndis, initial growth, clone.
1 INTRODUÇÃO
O gênero Eucalyptus possui várias espécies que podem ser indicadas para os programas de reflorestamento no Brasil, em razão do seu rápido crescimento, boa adaptação ecológica e diversidade de usos madeireiros e não madeireiros (BERGER et al., 2002). Um dos principais materiais genéticos utilizados é o Eucalyptus urograndis, um híbrido interespecífico proveniente do cruzamento do Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, que apresenta ampla adaptação às diferentes condições edafoclimáticas do país e possui excelentes características da madeira para a indústria de celulose e de carvão vegetal (MONTANARI et al., 2007).
O êxito na formação inicial de povoamentos florestais de alta produtividade depende em grande parte do padrão de qualidade das mudas plantadas e, consequentemente, da percentagem de sobrevivência destas (BARROSO et al., 2000; FINGER et al., 2003; SCHIAVO; MARTINS, 2003). Normalmente, quando o percentual de falha de plantio é superior a 10%, as empresas florestais adotam a prática silvicultural do replantio. No intuito de melhorar a produtividade e diminuir os efeitos que o replantio causa nos povoamentos florestais, Gomes et al. (2002) consideram que a produção de mudas com características específicas e controladas visa à maior uniformização de crescimento, tanto da altura quanto do sistema radicular, promovendo, após o plantio, maior resistência às condições adversas encontradas no campo.
Trabalhos que abordam o efeito do replantio no crescimento inicial do povoamento são raros na literatura. De forma geral, o replantio é oneroso e a decisão de realizar ou não essa operação depende de vários fatores técnicos e econômicos. Dentre os fatores técnicos, merecem destaque o vigor, a velocidade do crescimento das mudas replantadas e a idade do povoamento em que se pretende realizar o replantio. Isso porque, dependendo do tamanho das plantas no campo, o replantio poderá promover uma competição desproporcional pelos fatores de crescimento entre as plantas remanescentes e as novas mudas, ocasionando desuniformidade do plantio, com o surgimento de plantas suprimidas.
Plantas suprimidas são indesejáveis não somente pelo seu menor desenvolvimento, mas também por serem mais suscetíveis ao ataque de pragas e doenças e por atuarem como fonte de inóculo. Além disso, são mais vulneráveis às condições de estresse do ambiente (ALFENAS et al., 2004).
O tipo de recipiente e seu tamanho exercem influência sobre a qualidade e custos de produção de mudas de espécie florestais. Os estudos do tamanho de recipientes são de grande importância, pois aqueles com volume superior ao estabelecido para a espécie provocam gastos desnecessários, demandam maior área no viveiro, aumentam os custos de produção, de transporte, de manutenção e de distribuição das mudas no campo. No entanto, Gomes et al. (2003) verificaram que recipientes com maior volume apresentam tendência em produzir mudas mais vigorosas e de melhor qualidade. Dessa forma, espera-se que a melhor qualidade e vigor possibilitem maior crescimento inicial das mudas no campo.
Apesar da existência de diversos trabalhos que comparam tipos e tamanhos de recipientes, eles tem se limitado a estudos de produção de mudas em viveiro, carecendo, portanto, de informações a respeito do efeito dos mesmos após o estabelecimento das plantas no campo.
Neste trabalho, objetivou-se avaliar a influência da idade e do volume de substrato utilizado na produção de mudas clonais de Eucalyptus urograndis no desempenho após o replantio.
2 MATERIAL E MÉTODO
O experimento foi conduzido em condições de campo, em uma área de Latossolo Vermelho ácrico, pertencente à Empresa Celulose Nipo Brasileira - CENIBRA S.A., no município de Paulistas, MG, cuja altitude é de 850 m. Segundo a classificação climática de Köppen, o clima predominante na região é Aw - Clima Tropical chuvoso de savana, ou seja, inverno seco e chuvas máximas no verão. As variáveis climáticas observadas durante o desenvolvimento do experimento são apresentadas na Tabela 1.
Para avaliar o crescimento das mudas utilizadas no replantio, o experimento foi instalado em um talhão comercial que foi implantado em junho de 2008, segundo as normas operacionais da empresa para o sítio em estudo, a saber: aplicação de herbicida e combate de formigas em área total antes do plantio; subsolagem nas linhas de plantio a 40 cm de profundidade; fertilização por planta com 2 kg de calcário dolomítico aplicado a lanço em área total antes do plantio, 400 g de fosfato no fundo do sulco, 100 g de fertilizante NPK (06-30-06) imediatamente após o plantio em duas covetas laterais, 350 g de KCl + 4,2 g de B + 1,75 g de Zn + 3,5 g de Cu em novembro e 20 g de B em março; plantou-se no espaçamento 3 x3,33 m com plantadeiras manuais mudas clonais de Eucalyptus urograndis com 75 dias de idade produzidas em tubetes de 55 cm3; após o plantio, foram realizadas três irrigações com quatro litros de água por planta, sendo a primeira irrigação realizada no dia do plantio, a segunda e a terceira aos 15 e 30 dias pós plantio.
Para a instalação do experimento, foi delimitada uma área de aproximadamente 3780,0 m2 (correspondente a 21 linhas de plantio com 18 plantas dentro de cada linha). O plantio dessa área foi realizado no dia 04/06/2008. No dia 24/06/08, em 10 linhas alternadas, foram arrancadas 8 plantas por linha, também de modo intercalado dentro da linha. Desse modo, todas as plantas vizinhas mais próximas de cada planta replantada foram plantadas 20 dias antes do replantio.
Instalou-se o experimento em delineamento em blocos casualizados com dez blocos, no arranjo fatorial 2 x 4, sendo estudado o efeito da produção de mudas clonais produzidas em dois volumes tubetes (55 e 180 cm³) e quatro idades de produção das mudas (60, 75, 90 e 120 dias) de Eucalyptus urograndis. A unidade experimental foi constituída por uma planta por parcela. Como tratamento adicional, foram avaliadas 10 plantas do plantio comercial instalado 20 dias antes do replantio, as quais estavam localizadas nas mesmas 10 linhas utilizadas para a instalação do experimento. As mudas foram plantadas, utilizando-se plantadeira manual e adubadas com 100 g por planta do formulado NPK 06-30-06 e as irrigações de plantio foram repetidas com a mesma quantidade e frequência usadas no plantio. As mudas com 60, 75, 90 e 120 dias possuíam em média, respectivamente, 25, 28, 32 e 40 cm de altura quando produzidas no tubete de 55 cm³ e 30, 35, 42 e 47 cm de altura quando produzidas no tubete de 180 cm3.
Aos 18, 90 e 180 dias após o replantio avaliou-se a sobrevivência e, aos 90 e 180 dias as seguintes variáveis foram mensuradas: altura total da planta (H; cm), altura da copa (HC; cm), circunferência da copa (CC; cm), e diâmetro ao nível do solo (DNS; mm) e aos 365 dias avaliou-se a H e o diâmetro à 1,3 m (DAP, cm). A H foi determinada a partir do nível do solo até a última folha do ápice. O mesmo procedimento se deu para a HC sendo a medição feita a partir do primeiro galho da copa. A CC foi medida tomando-se duas medições, uma perpendicular e outra paralela ao sulco de plantio e o DNS foi determinado ao nível do solo.
Os dados foram submetidos aos testes de normalidade (Lilliefors) e homogeneidade de variância (Cochran, Hartley, Bartlett). Quando os dados atenderam às pressuposições da normalidade, foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Dunnett, para avaliar o efeito das médias dos tratamentos em relação à parcela adicional. O teste de Tukey foi utilizado para avaliar as diferenças entre as médias dos tratamentos sem considerar na ANOVA o tratamento adicional, ambos a 5% de probabilidade.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Aos 18, 90, 180 e 365 dias após a instalação do experimento não foi constatada nenhuma mortalidade entre as plantas para nenhum tratamento avaliado.
Observou-se tendência de igualdade de crescimento dos tratamentos em relação ao tratamento adicional para as características de altura, circunferência de copa e diâmetro ao nível do solo, quando se utilizou 180 cm3 de substrato para produção da muda, independente da idade desta, aos 90 e 180 dias após o replantio (Tabela 2). Para a mudas produzidas com 55 cm3 de substrato, observou-se a tendência de igualdade com o tratamento adicional para as mudas produzidas com idade superior a 90 dias. Com o passar do tempo, a circunferência de copa se igualou ao tratamento adicional para todos os volumes de substratos e idades das mudas. De forma geral, aos 365 dias de idade, todos os tratamentos se igualaram ao tratamento adicional (Tabela 3). Esses resultados demonstram que quando o replantio é realizado até vinte dias pós o plantio não há comprometimento no desenvolvimento da floresta para o clone em estudo. Por outro lado, em estudos avaliando a realização de replantios tardios sobre a produtividade Stape et al. (2001, 2010) verificaram que o atraso no plantio pode reduzir a produção da floresta, não sendo recomendável, segundo esses pesquisadores, realizar replantios após os 80 dias para que as mudas replantadas não fiquem suprimidas.
Não houve efeito da interação volume de substrato-idade de produção de mudas para nenhuma das variáveis mensuradas em todas as idades avaliadas (Tabela 4). Nota-se efeito significativo para o volume de substrato utilizado para a produção das mudas para todas as variáveis aos 90 dias. Com o passar do tempo as diferenças entre tratamentos foram diminuindo e aos 365 dias a H e o DAP, principais variáveis utilizadas para estimar produtividade futura, não apresentaram diferenças estatísticas entre tratamentos. Tendência esta também observada para o efeito da idade das mudas. Close et al. (2006, 2010), estudando o crescimento de mudas produzidas em tubetes com 50, 85 e 115 cm3 em plantios de E. globulus na Austrália, também observaram que o efeito positivo do maior volume de substrato sobre o crescimento das plantas desapareceu com a idade.
Pode-se observar que o maior volume de substrato utilizado para a produção das mudas influenciou, positivamente, o crescimento das plantas para altura, altura de copa, circunferência de copa e diâmetro ao nível do solo aos 90 dias de idade, como também, essa última variável aos 180 dias de idade (Tabela 5). A variação do desenvolvimento das mudas no viveiro pode produzir mudas com diferentes qualidades (GARCIA et al., 2010; SILVA et al., 2007; SOUZA et al., 2006) e estas podem afetar o crescimento no campo (CAMPO et al., 2010). O maior vigor observado em mudas produzidas com maior volume de substrato (Tabela 5) corroboram com os observados por Close et al. (2010) e Gomes et al. (2003). O tubete de maior volume pode permitir um melhor crescimento após o plantio, pelo maior volume inicial de raízes e por melhorar o acesso da raiz a umidade do solo em profundidade, minimizando o estresse por falta de água que pode limitar a fotossíntese, consequentemente limitando o crescimento (STAPE et al., 2001), uma vez que tubetes maiores apresentam maior comprimento, o que resulta em maior espaço para crescimento das raízes. Resultado semelhante foi observado por Soulth e Mitchell (1999) em estudo com Pinus elliottii.
A maior idade de produção das mudas foi estatisticamente superior aos demais tratamentos para o crescimento em altura das plantas aos 90 e aos 180 dias após replantio (Tabela 6). Mas esse efeito tornou-se estatisticamente não significativo aos 365 dias de idade.
Na literatura, são praticamente inexistentes trabalhos que estabelecem correlação entre idade de produção de mudas de eucalipto e crescimento inicial no campo. A idade de produção das mudas é uma importante variável a ser considerada para realizar replantio de mudas. Especulações sobre o plantio de mudas velhas comprometendo o arranque inicial no campo são mencionadas em alguns trabalhos (MAFIA et al., 2005). Segundo esses autores, reduções significativas do crescimento das mudas produzidas em tubetes de 50 cm3 ocorreram entre 80 e 100 dias de idade, para dois clones híbridos de Eucalyptus urograndis em condições de viveiro. Gomes et al. (2003) observaram que aos 90 dias de idade os volumes dos tubetes começam a restringir o crescimento das mudas de Eucalyptus grandis, sendo que Reis et al. (2008) estabeleceram entre 100 e 110 dias de idade como o melhor padrão para a expedição das mudas de Eucalyptus grandis para o campo. Entretanto, esses trabalhos não correlacionaram o crescimento no viveiro com o campo. A dúvida sobre quando a muda é considerada muito velha para plantio ainda não foi devidamente esclarecida.
Outro autor que também evidenciou o efeito benéfico do maior volume de substrato no estabelecimento de mudas no campo foi Bonfim et al. (2009). Ele observou maior potencial de regeneração de raízes e maior desenvolvimento no campo até 24 meses de idade de mudas de Pterogyne nitens produzidas em tubetes de 280 cm3 em relação às produzidas em tubetes de 50 cm3. O maior volume e vigor do sistema radicular podem influenciar positivamente a capacidade das plantas em absorver água e nutrientes minerais do solo em idades iniciais.
O efeito da idade promovendo alterações no sistema radicular de mudas não está bem evidenciado na literatura, Freitas et al. (2009) não observaram diferença no crescimento em altura, diâmetro e biomassa aérea e radicular das mudas até 14 meses após plantio, em função das deformações e podas no sistema radicular das mudas de dois clones de Eucalyptus grandis x E. urophylla produzidos com 54 cm3 de substrato. Essas deformações foram impostas em mudas que se encontravam na fase de expedição e apresentavam altura de 20 a 30 cm, com 6 a 10 pares de folhas.
Novos trabalhos que abordem o efeito da idade da muda, correlacionando essa idade com crescimento em campo, são necessários para estabelecer o que são mudas jovens e velhas para plantio em campo. De forma geral, maiores volumes de substrato têm proporcionado maiores crescimentos no campo em idades iniciais. Essa é uma informação útil para ser utilizada em replantio de mudas de eucalipto, pois os efeitos da competição realizados pelas plantas daninhas são minimizados.
4 CONCLUSÕES
A sobrevivência após o replantio não foi influenciada pela idade e pelo volume de substrato utilizado na produção das mudas.
O replantio de mudas produzidas com maior volume de substrato proporcionou melhor crescimento inicial campo.
Aos 12 meses de idade o crescimento de mudas de replantio, realizado 21 dias pós plantio, não foi influenciado pelo volume do substrato ou pela idade das mudas.
5 AGRADECIMENTOS
À Celulose Nipo Brasileira S.A., por permitir o desenvolvimento do trabalho em área de sua propriedade e por ter financiado este trabalho.
6 REFERÊNCIAS
(recebido: 4 de novembro de 2010; aceito: 25 de janeiro de 2013)
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
16 Jul 2013 -
Data do Fascículo
Jun 2013
Histórico
-
Recebido
04 Nov 2010 -
Aceito
25 Jan 2013