Este estudo discute o tempo mediante o lugar e objeto nos museus de ciência e técnica, apresentando diferentes abordagens teóricas a partir de uma perspectiva física e social. Este aporte subsidia a análise de discursos do público espontâneo do Museu de Artes e Ofícios, que expõe objetos históricos relacionados ao universo do trabalho, técnicas e ofícios do período pré-industrial brasileiro. Os discursos analisados mediante a metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo tiveram como ponto de partida as categorias monocultura do tempo linear e a ecologia das temporalidades, baseadas na crítica da razão metonímica. As ideias centrais destacam a produção industrial na configuração do tempo linear, com perda da criatividade e identidade com o objeto produzido, bem como, a padronização refletida no modo de vida, o que confere a emergência de um conflito dialético no qual se busca conjugar diferentes ritmos temporais.
Espaço-tempo; Museu de ciência e tecnologia; Museu de artes e ofícios; Monocultura do tempo linear; Ecologia das temporalidades