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Papéis e Comportamento Internacional: a Rivalidade Saudita-Iraniana na Primavera Árabe do Bahrein e do Iêmen

Resumo

A geopolítica do Oriente Médio é dinâmica e complexa. Questões ideológicas e religiosas interagem com estruturas domésticas e internacionais, gerando vários tipos de relações. Este artigo tem como objetivo analisar a rivalidade entre a Arábia Saudita e o Irã, duas potências que disputam a liderança no Golfo. O objetivo é entender esta competição através das lentes da Role Theory, enfocando as concepções de papéis nacionais que ambos os países projetam para o exterior. Esse arcabouço teórico pressupõe que o Irã e a Arábia Saudita projetem imagens feitas por si mesmas que representem construções cognitivas do que os formuladores de políticas acreditam que suas respectivas nações representam. Como exemplo, o Irã projeta um papel de reduto de revoluções que é firmemente contra o papel anti-instabilidade da Arábia Saudita. Períodos regionais de instabilidade, como problemas civis, fornecem estudos úteis para investigar o fenômeno da rivalidade. Portanto, este artigo enfoca as reações iranianas e sauditas aos eventos relacionados à chamada Primavera Árabe no Bahrein e no Iêmen, detectando quando a rivalidade está [de alguma forma] presente em seus comportamentos internacionais. Em conclusão, o artigo contribui para uma melhor compreensão da projeção ideológica de Teerã e de Riad, e quanto da política da região é restringida pelo status de rivalidade.

Palavras-chave
Irã; Arábia Saudita; Role Theory; Bahrein; Iêmen

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