Resumo
Desde a emergência na agenda ambiental em arena global, o Brasil tem sustentado uma posição ativa nos debates sobre esse tema. Embora o Brasil tenha sido protagonista, sua política externa tem mostrado algumas transformações na sua abordagem em relação à mudança climática nos últimos anos. Da mesma forma, as modalidades sob as quais esta questão tem sido tratada como problema desde 1992 são de fundamental importância para interpretar a posição brasileira nas negociações internacionais e as mudanças ocorridas ao longo dos anos. O objetivo desse artigo é compreender o arcabouço discursivo sobre o qual a política externa de mudanças climáticas no Brasil foi estruturada a partir de um ponto de vista construtivista das Relações Internacionais. Usando essa abordagem, este artigo estuda as influências internacionais e as condições internas da política climática brasileira nas negociações da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC). As principais fontes dessa pesquisa são entrevistas semiestruturadas com atores estatais e não estatais no Brasil, complementadas com uma revisão de fontes secundárias, como documentos oficiais e trabalhos acadêmicos.
Palavras-chave
Mudança Climática; Política externa; Brasil; Construtivismo; Relações Internacionais