Resumo
Neste artigo, usamos a noção de legitimidade para analisar a transformação de intervenções humanitárias e a Responsabilidade de Proteger (na sigla em inglês, R2P) sob o guarda-chuva do CSNU desde os anos 90. Avaliamos como essa importante mudança foi contestada usando narrativas de proteção e ingerência, e argumentamos que o envolvimento de atores não-hegemônicos (especificamente Brasil e Rússia) no escopo da proteção humanitária afetou como a legitimidade substantiva do tópico de governança global evoluiu ao longo das três últimas décadas criando um processo de depuração normativa no qual os princípios fundamentais do tópico foram testados e contestados.
Palavras-chave
intervenções humanitárias; Responsabilidade de Proteger (R2P); legitimidade; Brasil; Rússia