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“Festa como perspectiva” entre os Calon em Mamanguape, Paraíba (Brasil): abundância e ostentação nas fronteiras dos ciganos

Resumo:

Ao descrever as festas observadas, especificamente, 1) festas de calendário, por exemplo, festa do dia das crianças, de Natal e Ano Novo, e 2) ritos de passagem, por exemplo, casamento e aniversários de crianças; durante trabalho de campo entre os Calons (pessoas ciganas) em Mamanguape na costa norte da Paraíba, Brazil, durante os anos de 2013 e 2014, propomos que as celebrações são momentos privilegiados para a realização e actualização do constituir-se Calon através de relações dialógicas de oposição ao juron (não-ciganos). Essas são as festas que performam a abundância e a ostentação na prática e escassez como um discurso, especialmente na presença de estrangeiros ou outros. Nesse sentido, a festa é considerada um produtor social, dialogando com a literatura que defende a “festa como perspectiva”, ou seja, não como um espelho, mas como uma função criativa da realidade (Perez 2012Perez, Léa Freitas. 2012. Festa para além da festa. In Festa como perspectiva e em perspectiva, edited by Léa Freitas Perez, Leila Amaral, and Wania Mesquita, 21-42. Rio de Janeiro: Garamond.).

Palavras-chave:
Festividades; Ciganos; Abundância; Calon

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