Resumo:
O objetivo deste artigo é refletir sobre a constituição de um campo particular de investigação: o das formas de administração estatal da infância pobre. Para isto, inicialmente, descreve-se alguns aspectos contextuais que, na Argentina das últimas décadas, contribuíram para sua expansão e são centrais para a compreensão das características que assumiram os debates e os estudos sobre as modalidades de intervenção jurídico-estatais sobre um setor da infância e suas famílias. Em segundo lugar, analisa-se a necessidade de inscrever estes dispositivos histórica e politicamente, e de abandonar paradigmas normativos de compreensão. Finalmente, propõe-se que estes dispositivos, ainda que destinados a meninos e meninas, não podem ser compreendidos de forma dissociada das regulações sobre as relações familiares e dos discursos sobre moralidade familiar.
Palavras-chave:
Infância; Direitos; Estado; Problemas teórico-metodológicos; Argentina