Resumo:
O texto se defronta com o fato de que a Pedagogia Social precisa lutar por sua posição de modo especial. Em algumas áreas, ela é vista como oferta relativamente normalizada a destinatários e destinatárias. Em seu cerne, entretanto, confronta-se com insegurança em relação a seu status: suas referências teóricas são muito heterogêneas, e o mesmo se aplica aos campos práticos em que ela atua, aos métodos de pesquisa e ação por ela usados e a suas tradições históricas. Além disso, na maioria dos casos não existe consenso duradouro em torno dos problemas sociais de que ela trata; pelo contrário, a forma de lidar com esses problemas é, muitas vezes, controvertida. O texto explora a consequente falta de clareza de uma identidade da Pedagogia Social no plano disciplinar: se a identidade da Pedagogia Social é objeto de questionamento, ela se confronta de modo especial com a necessidade de se posicionar pública e politicamente como forma de conhecimento e de ação. No texto, essa dimensão política implícita em teorias da Pedagogia Social é associada com diagnósticos de época: eles assumem a função – central para a Pedagogia Social – de um posicionamento público e político.
Palavras-chave:
Pedagogia social; Serviço Social; Engajamento político; Diagnóstico de época; Identidade