Resumo:
Este trabalho analisa a autossolidariedade como postura diante da extrema pobreza e mostra a complexa articulação da falta de moradia e a dificuldade de superá-la. A história de vida de Ramón, como um estudo de caso no norte do México, desvenda a ligação entre migração, masculinidade(s) e exclusão social e sua relação com a situação de rua de homens ex-migrantes deportados, desamparados coletivamente pela política social. A trajetória de vida de Ramon expõe violência, contextos de vulnerabilidade e ressignificações, destacando um exemplo de mobilidade social descendente. Conclui-se que a autossolidariedade, como postura autônoma frente à situação de rua, é desenvolvida como ferramenta prática no autocuidado, elemento de resiliência e forma de compreender o contexto vivencial e demandas de apoio direto.
Palavras-chave:
Pobreza extrema; Exclusão; Migração; Masculinidade; História de vida