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Estratificação social e usos do tempo: Um estudo sobre os indivíduos inseridos no mercado de trabalho* * Este artigo corresponde a uma adaptação de um trabalho anterior (Neubert, 2006). Difere do original quanto às informações, porque os dados passaram por um segundo processo de correção e atualização, e quanto aos modelos de regressão utilizados.

Social stratification and time use: Studying individuals in the labor market

Resumo

A teoria da classe ociosa, de Veblen, vem sendo revista pelos que pretendem compreender a desigualdade social contemporânea e sua relação com o uso do tempo. Atualmente, trabalhadores de alto status despendem longas horas em suas funções e, ao analisar informações sobre uso do tempo da população de uma grande cidade brasileira (Belo Horizonte, MG), encontrou-se a mesma tendência. Ao mesmo tempo, quanto maior o status menor o tempo gasto em atividades de trabalho no fim de semana, e maior o tempo dedicado ao lazer. Enquanto o tempo de trabalho é a base principal sobre a qual se debruçam as desigualdades entre ocupações remuneradas, análises anteriores indicam que as atividades de lazer apresentam altas taxas de participação, independente do período da semana e do status ocupacional. Revisitar a teoria de Veblen permite-nos, então, entender melhor como a estratificação da sociedade se relaciona ao uso do tempo diário.

Palavras-chave:
Uso do tempo; Desigualdade social; Mercado de trabalho

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