Resumo:
Este artigo aborda a emergência da parentalidade como um nó regulador dentro de programas de desenvolvimento e de combate à transmissão intergeracional da pobreza. Os dados foram produzidos a partir de uma revisão analítica de documentos de organizações internacionais – agentes-chave nesses processos – sobre o desenvolvimento da primeira infância. Defendo que esta politização da parentalidade implica uma nova viragem nos processos históricos de regulação e intervenção na educação dos filhos pequenos e na construção destes como seres maleáveis, incompletos e orientados para o futuro, a partir de usos renovados e emaranhados de argumentos baseados no cérebro e na abordagem de investimento social.
Palavras-chave
Primeira infância; Parentalidade; Desenvolvimento infantil; Organizações internacionais; Regulações