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Braquiterapia de alta taxa de dose como opção terapêutica nos tumores primários da traquéia

OBJETIVO: Apresentar a experiência do tratamento de 4 pacientes com tumores primários de traquéia, não operados, submetidos à braquiterapia endobrônquica de alta taxa de dose. PACIENTES E MÉTODOS: Dois casos de carcinoma espinocelular, uma recidiva de carcinoma adenóide cístico e uma recidiva de plasmocitoma primário da traquéia. Todos receberam braquiterapia endobrônquica, exclusiva ou como reforço de dose da radioterapia externa. Foram administradas 3 ou 4 frações de 7,5 Gy cada, calculados a 1 cm de profundidade. O seguimento foi considerado a partir do término da braquiterapia. RESULTADOS: Em todos os casos houve resposta completa. Dois pacientes com carcinoma espinocelular evoluíram a óbito em 6 e 33 meses após a braquiterapia, o primeiro, sem evidência de doença e o outro por recidiva local, respectivamente. As outras 2 pacientes encontravam-se vivas após 64 e 110 meses de seguimento, sem evidência de doença. Esses 2 casos apresentaram estenose traqueal em 22 e 69 meses após a braquiterapia, sendo necessária a colocação de prótese traqueal apenas na paciente com carcinoma adenóide cístico. CONCLUSÕES: A braquiterapia endobrônquica de alta taxa de dose pode ser utilizada tanto como reforço de dose da irradiação externa quanto em recidivas. O controle local obtido em 3 de 4 pacientes indica que casos individuais podem se beneficiar desse procedimento. Sobrevida a longo prazo pode ser observada, principalmente nos casos de histologia adenóide cística.

Radioterapia; Braquiterapia; Tumores de traquéia; Alta taxa de dose; Complicações


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