Resumo:
Neste artigo, pretendo debater o ensino de filosofia como um problema genuinamente filosófico, mas que é negligenciado como tal em boa parte dos cursos de licenciatura em Filosofia, bem como em boa parte da chamada produção filosófica no Brasil. Estabeleço uma relação fundamental entre a prática filosófica e o ensino em sala de aula. Defendo a docência em filosofia como um chamado filosófico que convoca docentes e estudantes enquanto pensadores, mesmo que isso não se efetive na realidade concreta. Não pode haver um ensino verdadeiramente filosófico da filosofia se os professores não se colocarem, em sala de aula, como pensadores de fato, muito mais do que meros transmissores altamente capacitados no uso de instrumentos e ferramentas para transmitir conceitos históricos e estudantes dispostos à problematização típica da atividade filosófica. Nesse sentido, a sala de aula de Filosofia deve ser, acima de tudo, um espaço para aquilo que chamarei deatividade filosófica.
Palavras-chave:
Ensino de Filosofia; atividade filosófica; sala de aula; docência