RESUMO
Objetivo
O Acidente Vascular Encefálico é um importante problema de Saúde Pública, com alto índice de mortes e sequelas, tais como alterações de linguagem. As mudanças conceituais da saúde, ao longo do tempo, levaram à incorporação de aspectos funcionais e sociais como propõe a Organização Mundial de Saúde na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. O objetivo foi avaliar e classificar aspectos de linguagem, funcionalidade e participação de pessoas pós-Acidente Vascular Encefálico com base conceitual da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde e caracterizar o perfil sociodemográfico dos participantes.
Método
A coleta de dados ocorreu pela aplicação de instrumento clínico para avaliação de linguagem, participação e funcionalidade em cinquenta indivíduos, com base na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde.
Resultados
A idade variou de 32 a 88 anos, sendo a maioria do gênero masculino. Em relação a funções do corpo, os participantes referiram maior dificuldade em funções da memória; nos aspectos de atividade e participação, verificou-se maior dificuldade em recreação e lazer; e nos fatores ambientais, os profissionais de saúde foram indicados como facilitadores para a maioria dos participantes.
Conclusão
Os resultados mostram o impacto das dificuldades de linguagem na vida das pessoas pós-Acidente Vascular Encefálico e reafirmam a aplicabilidade da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde como importante instrumento complementar à avaliação de linguagem, funcionalidade e participação numa abordagem integral e humanizada, em prol do aprimoramento da assistência à saúde no atendimento ambulatorial desse grupo.
Descritores
Classificação Internacional de Funcionalidade Incapacidade e Saúde; Acidente Vascular Cerebral; Fonoaudiologia; Linguagem; Fala