Objetivo:
Este estudo obteve medidas de nasalância durante a produção de articulação compensatória (AC) e comparou a nasalância entre grupos com e sem hipernasalidade e com e sem AC.
Métodos:
As amostras de fala foram obtidas a partir de 43 indivíduos com e sem disfunção velofaríngea durante a repetição de 20 frases, originando um total de 860 gravações e respectivos valores nasométricos. Foram excluídas 143 gravações devido à baixa qualidade e as 717 amostras restantes foram avaliadas por três fonoaudiólogas, de forma independente, quanto à presença ou ausência de hipernasalidade e AC. As 553 amostras julgadas com 100% de concordância entre as fonoaudiólogas foram agrupadas de acordo com o julgamento perceptivo-auditivo: Grupo 1 (G1) - amostras sem hipernasalidade e sem AC (n=191); Grupo 2 (G2) - amostras com hipernasalidade e sem AC (n=288); Grupo 3 (G3) - amostras com hipernasalidade e com fricativa faríngea (n=33); Grupo 4 (G4) - amostras com hipernasalidade e com oclusiva glotal (n=41).
Resultados:
Análise de variância (ANOVA) revelou medidas de nasalância significativamente maiores para G2, G3 e G4 (p<0,0001) quando comparados ao G1. O uso de fricativa faríngea (G3), particularmente durante /f/ (p=0,0018) e /s/ (p=0,0017) resultou em valores de nasalância significativamente maiores que os valores encontrados para G2.
Conclusão:
Valores de nasalância significativamente mais elevados foram encontrados durante produção de fricativa faríngea.
Fala; Fissura Palatina; Disturbios da fala; Medida da Produção da Fala; Fonoaudiologia