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Movimentos mandibulares na fala em crianças com rinite alérgica

INTRODUÇÃO:

A rinite alérgica pode causar alterações nas funções estomatognáticas; tais modificações podem alterar a dinâmica mandibular. A eletrognatografia é utilizada no registro dos movimentos de mandíbula, o que a torna válida para análise desses movimentos na fala.

OBJETIVO:

Caracterizar a amplitude e a velocidade dos movimentos de mandíbula durante a fala em crianças com e sem rinite alérgica.

MÉTODOS:

A amostra foi composta por 32 crianças com idade entre 7 e 12 anos, atendidas em um hospital universitário, divididas em dois grupos, um de riníticos e outro de não riníticos. Para captação dos movimentos mandibulares durante a fala, foi utilizado um eletrognatógrafo com o auxílio de uma lista de figuras foneticamente balanceadas. Na análise dos dados utilizaram-se, além da estatística descritiva, os testes não paramétricos, coeficiente de correlação de Spearman e o teste de Mann-Whitney, considerando significativo o valor de p=0,05.

RESULTADOS:

Não se observou diferença significativa nos movimentos mandibulares entre os grupos, com valores de p iguais a 0,175, 0,650 e 0,462, para a amplitude e as velocidades de abertura e o fechamento mandibular, respectivamente. No entanto, houve correlação forte entre as variáveis velocidade e amplitude de abertura da boca, sendo discretamente maior no grupo de crianças com rinite alérgica.

CONCLUSÃO:

Observou-se que a amplitude e a velocidade dos movimentos mandibulares são semelhantes em crianças com e sem rinite alérgica, e que existe correlação entre estas variáveis; além disso, seus valores apresentaram-se de forma mais heterogênea nos não riníticos.

Rinite; Respiração Bucal; Sistema Estomatognático; Fala; Mandíbula


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