RESUMO
Objetivo:
avaliar a influência da frenotomia sobre a amamentação de recém-nascidos com diagnóstico de anquiloglossia.
Método:
trata-se de um estudo de intervenção realizado com 50 recém-nascidos com diagnóstico de anquiloglossia. Foi realizado em três etapas: diagnóstico, intervenção e reavaliação. Na fase diagnóstica, foram aplicados o Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua com Escores para Bebês para o diagnóstico de anquiloglossia e um questionário de avaliação dos sintomas e coordenação de sucção, deglutição e respiração durante a amamentação. Na intervenção, foi realizada a frenotomia e, na reavaliação, foram reaplicados o protocolo de diagnóstico e o questionário para comparação dos efeitos pós-cirúrgicos.
Resultados:
dos 50 bebês participantes do estudo, 35 (70%) eram do gênero masculino e 15 (30%) do gênero feminino. Foram relatados 68% dos casos de anquiloglossia na família, sendo primo (a) o grau de parentesco na maioria desses casos (38%). Houve redução estatisticamente significativa na média de pontuação no protocolo de 8,38 (7-12 pontos) para 0,86 (0-5 pontos), na etapa de reavaliação, assim como melhora estatisticamente significante em todas as variáveis relacionadas aos sintomas da amamentação.
Conclusão:
a intervenção cirúrgica, denominada frenotomia, possibilitou a melhora dos sintomas negativos da amamentação em neonatos com diagnóstico de anquiloglossia.
Descritores:
Freio lingual; Aleitamento materno; Recém-nascido; Anquiloglossia; Protocolos Clínicos