Objetivo:
Este artigo tem como objetivo realizar uma revisão sistemática da produção bibliográfica relacionada aos fatores de risco para o desenvolvimento adequado da linguagem oral em crianças.
Estratégia de pesquisa:
Utilizaram-se os termos "child language", "risk factors" e "randomized controlled trial" nas bases de dados MEDLINE (acessado via PubMed), LILACS, Biblioteca Cochrane e SciELO, durante o período de janeiro de 1980 a fevereiro de 2014.
Critérios de seleção:
Foram incluídos ensaios controlados randomizados que envolvessem o estudo de algum fator de risco relacionado à linguagem de crianças. Foram excluídos trabalhos com indivíduos que não tivessem entre 0 e 12 anos e apresentassem definição não confiável de fator de risco.
Análise dos dados:
Os achados da pesquisa foram classificados de acordo com o tema investigado e os aspectos metodológicos categorizados.
Resultados:
Observou-se a inexistência de algum tipo de lista padronizada de fatores de risco para a linguagem disponível aos profssionais da saúde. O principal fator de risco apontado foi a dinâmica familiar, seguido da interação com os pais, o ambiente social imediato e o estímulo dado à criança nos primeiros anos de vida. Observou-se também que os riscos orgânicos, como lesão cerebral, otite média persistente e cirurgia cardíaca, além do tipo de alimentação e aconselhamento parental, podem estar relacionados aos transtornos de linguagem.
Conclusão:
São necessários mais ensaios clínicos controlados randomizados envolvendo a verificação dos fatores de risco para a linguagem em crianças e a criação de mais estudos envolvendo crianças acima dos 6 anos de idade e do sexo masculino.
Linguagem Infantil; Transtornos do Desenvolvimento da; Linguagem; Ensaio Clínico Controlado Aleatório; Estudos de Linguagem