RESUMO
Objetivo
Identificar os efeitos de medidas profiláticas, não farmacológicas, sobre a progressão da disfagia em pacientes com câncer de cabeça e pescoço submetidos a radioterapia.
Estratégia de pesquisa
A busca foi realizada nas bases de dados Medline (via PubMed), Scopus e Embase, assim como na literatura cinzenta.
Critérios de seleção
Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, com pacientes adultos (≥ 18 anos) e diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço, tratados com radioterapia (associada ou não à cirurgia e quimioterapia) submetidos a protocolos não farmacológicos de prevenção da disfagia.
Análise dos dados
O risco de viés foi avaliado por meio da escala PEDRO e a qualidade global da evidência foi avaliada de acordo com o instrumento GRADE.
Resultados
Foram considerados elegíveis 4 estudos, e desses, dois foram incluídos na metanálise. O resultado favoreceu o grupo intervenção, com diferença média de 1,27 [IC 95%: 0,74 à 1,80]. Houve baixa heterogeneidade e a pontuação média para risco de viés foi de 7,5 de um total de 11 pontos. A falta de detalhamento nos cuidados com os vieses de seleção, performance, detecção, atrito e de relato contribuíram para o julgamento da qualidade da evidência, considerada baixa.
Conclusão
Medidas profiláticas de contenção da disfagia podem promover importantes benefícios sobre a ingesta oral dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço, quando comparados aqueles que não realizaram tal medida terapêutica ao longo da radioterapia.
Descritores:
Profilaxia; Medidas Preventivas; Disfagia; Neoplasias de Cabeça e Pescoço; Radioterapia