RESUMO
Objetivo:
Avaliar a correlação entre as alterações estruturais das fraturas da coluna torácica e lombar tipo explosão com o resultado clínico do tratamento.
Métodos:
Foi realizado estudo retrospectivo em 25 pacientes, com fraturas da coluna torácica ou lombar tipo explosão sem déficit neurológico. Onze pacientes foram submetidos ao tratamento conservador e, nos demais, o tratamento foi cirúrgico. Todos os pacientes foram acompanhados por, no mínimo, 24 meses. Os casos foram avaliados por um protocolo que incluiu: aferição pós-traumática da cifose, colapso do corpo vertebral e estreitamento do canal vertebral e escala visual analógica de dor e questionário de qualidade de vida SF-36 no seguimento. Para a análise estatística dos resultados foi considerado nível de significância de 5% e utilizou-se o programa PASW 18.0.
Resultados:
Não foi evidenciada diferença estatisticamente significativa ao comparar os resultados clínicos de um tratamento sobre outro. Da mesma forma, não houve correlação estatisticamente significativa entre cifose e estreitamento pós-traumático do canal vertebral com piora clínica no seguimento, independentemente do tipo de tratamento adotado. Encontramos correlação positiva (p < 0,05), entre colapso inicial e domínios do SF36 em ambos os grupos (operados e não operados).
Conclusão:
Não foi evidenciada superioridade de um tratamento sobre o outro, assim como não foi encontrada correlação entre cifose e estreitamento do canal vertebral nas fraturas da coluna torácica e lombar tipo explosão sem déficit neurológico. Porém, verificou-se correlação entre colapso inicial e desfecho clínico em alguns domínios do questionário SF36.
Descritores:
Traumatismos da coluna vertebral; Fraturas da coluna vertebral; Coluna vertebral, Qualidade de vida; Cifose; Estenose espinal; Canal vertebral