RESUMO
Objetivo:
Avaliar se a presença de osteólise em torno dos parafusos pediculares influencia a qualidade de vida de pacientes submetidos à artrodese posterolateral da coluna lombossacral.
Métodos:
Estudo retrospectivo com pacientes submetidos à artrodese posterolateral lombar ou lombossacral por doença espinal degenerativa. Foram realizadas tomografias computadorizadas dos segmentos operados em intervalos de 45, 90, 180 e 360 dias de pós-operatório. Nesses exames, foi pesquisado a presença de um halo radiolucente peri-implante, que foi considerado presente quando maior que 1 mm no corte coronal. Concomitantemente à realização dos exames de TC foi aplicado o questionário Oswestry Disability Index (ODI) para avaliar o grau de incapacidade dos pacientes.
Resultados:
Foram avaliados 38 pacientes e 14 (36,84%) deles apresentavam algum grau de osteólise ao redor de pelo menos um parafuso pedicular ao final do seguimento. Dos 242 parafusos analisados, 27 (11,15%) apresentaram osteólise no corte coronal da TC, sendo a maioria dessas ocorrências no nível mais distal do segmento com artrodese. Não se observou relação da presença dessa osteólise com a qualidade de vida dos pacientes. A qualidade de vida tem melhora significativa quando se compara o resultado pré-operatório com os resultados pós-operatórios nos diversos momentos de aplicação do ODI. Essa melhora no ODI mantém a linearidade de melhora com o passar do tempo.
Conclusão:
Não há relação da presença da osteólise peri-implante com a qualidade de vida dos pacientes submetidos à artrodese lombar ou lombossacral posterolateral no período de seguimento até os 360 dias. A qualidade de vida pós-operatória tem melhora significativa quando comparada ao momento pré-operatório.
Descritores:
Osteólise; Fusão vertebral; Qualidade de vida; Pseudoartrose; Coluna vertebral.